terça-feira, 29 de maio de 2018

Combate Américas : América Latina vs. o resto do mundo no MMA



Campbell McLaren é um premiado executivo e produtor de televisão. Ele foi um dos criadores do UFC ao lado de Art Davie e Rorion Gracie. Em 1993, McLaren era o chefe de programação da SEG ( Semaphore Entertainment Group ), um dos primeiros grupos a desenvolver conteúdo para o sistema de  ‘Pay Per View’.

A história do surgimento do mais importante show de MMA da era moderna é bem documentada. Rorion Gracie vendeu a sua parte após o UFC 5 e Robert “Bob” Meyrowitz ( fundador da SEG ) tornou-se o novo dono do UFC até vendê-lo para a Zuffa LLC, empresa liderada pelos irmãos Lorenzo e Frank Fertitta, e seu amigo de infância Dana White já em 2001.

Os Fertittas, por sua vez, venderam o UFC para a agência de talentos WME / IMG de Beverly Hills por US $ 4 bilhões em 2016, e a organização acabou por obter a aprovação regulamentar no estado norte-americano de Nova Iorque, último foco de resistência dos detratores do MMA e com isso o esporte tornou-se consistente de costa à costa nos EUA.

Campbell McLaren  chegou a produzir 22 eventos, incluindo os primeiros 12 cards do UFC e, com  todo esse legado, fundou posteriormente  o Combate Américas ( CAMMA ), a primeira franquia de esportes e mídia que promove o show homônimo de MMA hispânico.

O  Combate Américas é televisionado ao vivo em inglês com transmissão simultânea pela NBC Sports Network e Telemundo Deportes ( de propriedade da Comcast ).

“O Combate Américas é a mais emocionante adição ao MMA desde o inicio do UFC, há mais de 20 anos” , disse McLaren. “Ele foi especificamente criado para apresentar os melhores lutadores hispânicos e apresentar uma nova audiência para este esporte altamente divertido.”

Contudo, o combate Américas - que iniciou a promoção dos seus shows em solo norte-americano ainda em 2015  -  só veio à produzir seu primeiro evento no México - no El Plaza Condesa ( Cidade do México ) - já em 2017, e parece que uma conversa com Dana White foi decisiva nesse sentido.

“Eu estava pensando em produzir um torneio eliminatórios de 8 lutadores em uma só noite para homenagear o UFC 1 e estive conversando com Dana White sobre isso. Mas ele me disse que ninguém poderia fazer esse tipo de torneio nos EUA hoje em dia. Ele também me disse que ninguém poderia sobreviver a tantos danos nos dias de hoje.”

O torneio foi transferido para Cancun, no México, e realizado em 11 de novembro de 2017 ( o show inaugural do UFC aconteceu em 12 de Novembro de 1993 )  graças à uma parceria com a Telemundo Deportes . O show foi então batizado de Copa Combate.

Foi a minha maneira de prestar uma homenagem à tradição do esporte. Porque nós realmente não vimos isso desde então. Os participantes do torneio representaram países como os EUA, México, Argentina, Porto Rico, Espanha, Colômbia e Peru. O vencedor recebeu um prêmio de US $ 100.000.” Revelou McLaren, insistindo que a “Copa Combate” será um evento anual, com o torneio deste ano possivelmente ocorrendo na Espanha.

Quanto ao Combate Américas , a franquia já está estabelecida ( promoveu 21 eventos ) e conta com fortes parceiros comerciais,  o que proporciona uma estrutura de pagamento competitiva com o UFC, confessa McLaren, acrescentando que ele não prevê a perda de lutadores para a organização de Dana White :

“O meu evento não é um trampolim para o UFC. Quando você fala com meus lutadores, há um grande orgulho em fazer parte de uma organização hispânica ... Considerando a tradição de luta hispânica do boxe; os melhores lutadores sempre foram hispânicos. Você vê uma enorme presença hispânica no boxe. Mesmo na WWE  ( Pro Wrestling ) ... os melhores atletas são hispânicos e fazem grandes números no México. Agora os melhores lutadores de MMA serão os hispânicos. É para isso que estamos trabalhando. Mas o Combate Américas não é apenas para os lutadores hispânicos, é para os fãs hispânicos.” disse  McLaren.

Contudo, as portas do Combate Américas permanecem abertas para lutadores de outras nacionalidades :  “Nós temos uma piada no meu evento. Você não tem que ser mexicano para lutar no Combate Américas. Você só tem que lutar como um mexicano e partir para nocautear. Não como Floyd Mayweather ... Ninguém quer ver um lutador ganhar por pontos.”

“Nós também temos mais finalizações - uma taxa de finalizações de 81% - comparado a 51% no UFC.” Revelou o dirigente.

McLaren, fundador e CEO da Combate Américas também afirma que pretende concentrar-se na audiência da América Latina e que isto enriquecerá ainda mais o público do MMA, esporte que ele ajudou a construir.

“Nós estamos vencendo o UFC nos países da América Latina, mas não ainda nos EUA. Eu trabalhei muito bem há 24 anos atrás com o Ultimate, então ainda vai levar algum tempo para superar o UFC em solo norte-americano”, brincou o cartola.

*Texto do Colaborador Oriosvaldo Costa

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Foto acima : Campbell McLaren, um um dos criadores do UFC é presidente e CEO do Combate Américas, maior show de MMA hispânico da atualidade ( Foto : Cortesia arquivo pessoal Campbell McLaren ).

Abaixo : Campbell faz pose em frente à logo do Combate Américas ( CAMMA ). Cortesia : Miami Herald Media.


segunda-feira, 28 de maio de 2018

Resultados rápidos do BFL 55 - Battlefield Fight League



O Battlefield Fight League retornou para o seu quinquagésimo quinto show e nós temos os resultados para você.

O evento principal apresentou uma batalha válida pelo campeonato de 155 libras, com Aquiles Estremadura batendo Ryan Rohovich. O co-main event colocou o ex-campeão amador Jared Revel contra TJ Koehler.

Acompanhe os resultados do BFL 55 :

O card principal profissional de quatro lutas foi composto por Ash Mashreghi vs. Nick Coughran e Tylor Nicholson vs. Damon Begg.

Juntamente com a luta pelo título, houve três outros campeonatos na sequência, como Justin Aujla-Fieldt diante de Austin Batra pelo título amador de 170 libras, Ali Wasuk lutando com Mitch Strazella pelo título amador de 145 libras e David Chen enfrentando Dion Wu pelo primeiro campeonato amador de 125 libras.

Confira os resultados completos do BFL 55 abaixo.

BFL 55-Battlefield Fight League
26 de Maio de 2018
Canada Hard Rock Casino
Vancouver
British Columbia, Canada

CARD PRINCIPAL PROFISSIONAL

Aquiles Estremadura derrotou Ryan Rohovich por Decisão Majoritária (50-45, 49-46, 47-47) - Campeonato de 155 libras

Jared Revel derrotou TJ Koehler por Knockout (Punch) aos 3:38 do primeiro round

Nick Coughran derrotou Ash Masherghi por finalização (Choke Rear-Naked) aos 2:38 do primeiro round

Tylor Nicholson vs. Damon Begg - Cancelado - Begg machucou o tornozelo antes da luta

PRELIMINARES TÍTULOS DE AMADORES 

Austin Batra derrotou Justin Aujla-Fieldt por Knockout (Punch) aos 0:40 do primeiro round - Campeonato Amador de 170-libras

Ali Wasuk derrotou Mitch Strazella através de decisão dividida (49-46, 46-49, 49-46) - campeonato amador de 145 libras

Dion Wu derrotou David Chen por Decisão Unânime (48-47, 48-47, 48-47) - Campeonato Amador de 125 libras

Bruce Khademi derrotou Daniel Olson por Decisão Unânime (29-28, 29-28, 29-28)

PRELIMINARES PROFISSIONAIS

James Foster derrotou Dean Berger por TKO (Punches) aos 4:44 do primeiro round

Mike Dechavez derrotou Micah Todd por Knockout aos 3:13 do primeiro round

SUPER LUTA

Marlan Hall derrotou Glen Cuevas por decisão unânime (30-27, 29-28, 30-27)

PRELIMINARES DE AMADORES

Casey O'Leary derrotou Amir Razavi por TKO (Strikes) aos 1:34 do primeiro round

Kody Smith derrotou Aaron Lightning por Knockout aos 1:38 do primeiro round

Max Wong vs. Huck Jones foi declarado empate por decisão dos árbitros (29-28, 28-29, 28-28)

MUAY THAI / KICKBOXING 

Omar Steffanini derrotou Mitch Burke por Decisão Unânime (30-27, 30-26, 30-27)

GRAPPLING 

Jason Giroux derrotou Joe Nathan por finalização ( Choke Rear-Naked ) após um round extra ( Overtime ).

*Fonte / Créditos : Colaborador Oriosvaldo Costa

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Foto : O BFL 55 - Battlefield Fight League agitou a cena local do MMA em British Columbia, no Canadá ( Cortesia : Divulgação BFL / MMA Sucka Media ).


quinta-feira, 24 de maio de 2018

Oscar De La Hoya pretende lançar sua própria promoção de MMA



Um ano depois de Conor McGregor e Floyd Mayweather terem protagonizado uma luta de boxe de grande sucesso, a constante provocação do cruzamento entre o boxe e o MMA  continua dominando as manchetes dos noticiários.

Ex-campeão de boxe e fundador da Golden Boys Promotions, agência que promove lutas da   ‘nobre arte’ além de cuidar da carreira dos pugilistas, Oscar De La Hoya, revelou que está pensando em criar um novo evento que promete abalar as estruturas do mundo do MMA.

De La Hoya, um mexicano-americano ( filho de imigrantes mexicanos ),  já declarou ao site TMZ que ele está empolgado com a possibilidade de trabalhar no “Golden Boy MMA”.

Afinal, se o próprio presidente do UFC Dana White já anunciou sua intenção de iniciar uma promoção de pugilismo ( ao criar a Zuffa Boxing ), então por que  Oscar De La Hoya não poderia entrar também no negócio do MMA? Diriam alguns ...

Mas se engana quem pensa que essa será o primeiro investimento de De La Hoya em shows de MMA.
O fundador da Golden Boys Promotions já trabalhou ao lado de Donald Trump, o atual presidente dos EUA, na promoção do “Affliction 2: Day of Reckoning” em 2009.

Desta feita, contudo, o cartola pretende apostar na promoção do seu próprio show ao invés de trabalhar como parceiro de alguma outra franquia e nenhuma dificuldade nesse sentido poderá desestimular o homem que já conquistou títulos mundiais de boxe em várias categorias de peso.

Também membro do Hall da Fama do Boxe, De La Hoya parece ter se aliado ao ex-astro do UFC Chuck Liddell para que este venha à fazer parte do seu ‘portfólio’ e dar início ao novo negócio.

“Eu estou fazendo um retorno ( às competições de MMA ) , com certeza.” Declarou Chuck, ao ser perguntado se ele pretende lutar novamente.

“Tito Ortiz é sempre meu adversário favorito porque primeiro, é fácil vencê-lo, e segundo, eu nunca me canso de bater naquele cara. E as pessoas parecem nunca se cansar de me ver batê-lo. Elas me perguntam se eu posso bater nele por mais algum tempo.” Acrescentou Liddell.

Realmente, essa luta estaria sendo ventilada para a edição inaugural do show : “Imagine Chuck e Tito  mais uma vez, isso seria enorme”  Concordou De La Hoya.

“Embora ele fosse ótimo no boxe, Chuck é uma lenda do [ MMA ] e seria uma honra para mim promover alguma luta com ele.” Complementou.

Liddell, 48 anos, ex-campeão dos meio-pesados e um dos lutadores mais populares da história do Ultimate, foi incluído no Hall da Fama do UFC em 2010, depois de perder cinco de suas últimas seis lutas.

Contudo, alguns críticos especularam anteriormente que ele poderia vir a fazer seu retorno na ‘gaiola’ do Bellator MMA, considerando a tendência da promoção em promover lutas com as “lendas do MMA” e graças aos anúncios de seu retorno feitos nos últimos anos pelo próprio lutador moicano que serviram para mantê-lo sob as luzes dos holofotes nesse período.

Já seu suposto adversário para esse retorno, Tito Ortiz, de 43 anos, lutou pela última vez pelo próprio Bellator em janeiro de 2017. Segundo Ortiz, essa teria sido sua última luta pela organização de Scott Coker.

Contudo, dinheiro não deverá ser problema para uma terceira rodada com os rivais  de longa data ( caso alguns pensem ser este um empecilho ).  Basta visualizar as promoções luxuosas de De La Hoya para ver que ele tem muita ‘bala na agulha’.

Então, depois de meses ouvindo Floyd Mayweather falar sobre o seu interesse em fazer uma luta de MMA, os fãs não devem se surpreender se o “Golden Boy MMA” anunciar ‘Liddell vs. Ortiz’ como “main event” em sua edição inaugural.

*Texto do Colaborador Oriosvaldo Costa

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Foto acima : O consagrado promotor de boxe já trabalhou em um show de MMA ao lado de Donald Trump, o atual presidente dos EUA ( Foto : Cortesia do site Golf Channel ).

Abaixo : Chuck Liddell anunciou seu retorno ao MMA aos 48 anos de idade e deseja fazer nova luta com Tito Ortiz no Golden Boy MMA ( Foto : Cortesia de Esther Lin, MMA Fighting ).


terça-feira, 22 de maio de 2018

Campeonato de Jiu-Jitsu é cancelado na China após escândalo da faixa preta



A terra da seda, da porcelana, do chá, do ping-pong e logicamente do Kung Fu, também poderá se tornar a terra do Jiu-Jitsu, em breve. O Jiu-Jitsu é um esporte que tem experimentado um crescimento substancial na China, embora que à reboque da popularização do MMA naquele país asiático.

Muitos faixas pretas  estrangeiros estão ajudando a semear as sementes do BJJ no país mais populoso do mundo.

Há escolas de Jiu-Jitsu nas principais cidades de Pequim e Xangai que existem há anos. Mas a maioria dos praticantes de Jiu-Jitsu na China  ainda está nos estágios iniciais de seu crescimento na modalidade.

“Existem aproximadamente 25 a 30 faixas pretas originários do Brasil e do Japão que estão ensinando nas maiores cidades da China. Mas o primeiro faixa preta verdadeiramente chinês e graduado em seu próprio país deverá ser formado nos próximos anos”. Declarou Vinz Wong, titular de uma academia de Jiu-Jitsu na cidade de Guangzhou.

O crescimento do BJJ no país pode ser visto nos torneios. Um dos primeiros realizados por lá contava com cerca de 50 competidores.
Recentemente, um grande torneio em Hong Kong teve mais de trezentos competidores, com muitos faixas marrons e pretas de diferentes países da Ásia competindo na divisão avançada.

Alguns professores estão procurando introduzir o jiu-jitsu nas escolas elementares como uma forma de disseminar ainda mais a modalidade pelo país. A cooperação em levar as aulas de Jiu-Jitsu para as escolas poderá atrair também a atenção dos pais dos alunos, visto o fator educacional das artes marciais na formação dos jovens.

“Os estudantes chineses gostam de se encontrar na academia, conversar com amigos, trocar algumas técnicas de artes marciais e aprender a arte do Jiu-Jitsu brasileiro. A cultura das escolas é de menor rivalidade entre os alunos e estamos compartilhando o amor ao nosso semelhante ainda em  formação pela prática do Jiu-Jitsu ”. Complementou Vinz Wong.

Contudo, um recente escândalo pode vir à “abalar” a reputação da ‘arte suave’ na terra dos ‘monges guerreiros de Shaolin’. O desenvolvimento da questão em particular envolve a parte burocrática.

Para entender melhor o problema, vamos rodar o globo até completar o caminho de volta ao Brasil, país onde tudo começou.

No dia 2 de maio um faixa azul da China foi premiado com uma faixa preta honorária quando de sua viagem ao Rio de Janeiro.
O recém graduado à faixa preta também estava ajudando em tempo integral na realização do China Open, um campeonato de Jiu-Jitsu esportivo na China sob a chancela da IBJJF ( International Brazilian Jiu-Jitsu Federation ).

O atleta em questão era Cui GuoQing (崔国卿), CEO da Shanxi New Culture & Cultural Exchange Ltd. Co. (山西 新 文 源 文化交流有限公司), que recebeu a faixa preta honorária das mãos do próprio Robson Gracie, mestre faixa-vermelha 9° grau, pioneiro do Jiu-Jitsu no Brasil e segundo filho de Carlos Gracie , o fundador do  ‘Gracie Jiu-Jitsu’.

A honraria teria sido atribuída ao atleta em reconhecimento pela sua contribuição para a promoção e desenvolvimento do BJJ na China.
Ao que consta, além de concedida pessoalmente ao faixa preta honorário pelo próprio Robson Gracie, a promoção com a emissão do certificado também contou com o Grande Mestre faixa-vermelha Dr. João Carlos Austregésilo de Athayde, uma lenda viva do Jiu-Jitsu. Athayde é um 9° grau formado pelos irmãos Gracie, Carlos e Hélio.

Ainda segundo algumas fontes, Carlson Gracie Jr. ( faixa preta 5° grau  ) também esteve presente juntamente com alguns dos praticantes de brazilian Jiu-Jitsu dos velhos tempos.
Esses seriam o mestre Márcio dos Santos ( um faixa coral ), o professor Alesandro Nascimento ( faixa preta 5º grau ) e o professor Ricardo Cavalcante ( também faixa preta 5º grau ), de acordo com a biografia da academia.

Quanto ao Sr. Cui, ele está muito ciente à cerca desse assunto.
A sua paixão em gastar milhões para permitir que uma competição da IBJJF chegue à China, tem o seu fundamento ao permitir que os entusiastas do brazilian Jiu-Jitsu do seu país avancem na prática e no desenvolvimento do seu esporte e melhor ainda, entrando em contato direto com a principal entidade de promoção da modalidade até alcançarem o nível técnico para participar de uma competição de porte mundial.

Mas não houve jeito e após um protesto planejado e bem coordenado por parte da comunidade do brazilian Jiu-Jitsu da China, o campeonato acabou sendo cancelado.

A comunidade chinesa do BJJ se mantêm conectada em forma ‘online’ principalmente através do Wechat, um aplicativo para celular que permite aos usuários acessar notícias sobre eventos de BJJ realizados em diferentes cidades pelo país.

Por sua vez, as informações disponibilizadas acima são de um artigo publicado na revista chinesa Weixin.
De acordo com um outro post  ( embora isso ainda não tenha sido confirmado ), a IBJJF também não estaria satisfeita com a promoção do Sr. Cui Guoqing à faixa preta e, por isso, teria cancelado o Open da IBJJF na China.

A saber:

A IBJJF pegou corda e, a partir de agora, o China Open foi cancelado e retirado definitivamente do seu calendário pelos protestos da própria comunidade chinesa de Brazilian Jiu-Jitsu ou a competição ainda poderá retornar em uma data posterior ?

Em tempo:

Não custa lembrar que Robson Gracie é o patriarca da família Gracie e também é o presidente honorário da Federação de Jiu- Jitsu do Rio de Janeiro ( FJJERJ ), que é a mais antiga federação de Jiu-Jitsu do mundo.
Então ele possui, de fato,  poderes para outorgar a faixa preta honorária e, para muitos, o cancelamento do China Open é uma questão meramente política.

A IBJJF, por sua vez, tem como presidente Carlos Gracie Júnior, irmão de Robson. Atualmente sua sede fica em Irvine, no estado da Califórnia, EUA.
Ele é faixa vermelha e branca ( 8º grau ) em  Brazilian Jiu-Jitsu.
Carlos Gracie Júnior também é o fundador da Gracie Barra, uma rede de escolas de Jiu-Jitsu com mais de 700 afiliados nos seis continentes.

*Fonte / Créditos : Colaborador Oriosvaldo Costa

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Foto acima : O Jiu-Jitsu tem experimentado um crescimento animador na China, embora que à reboque da popularização do MMA naquele país ( Foto por: Pixabay ).

Abaixo : O momento da graduação de Cui Guoqing (  Foto : Acervo pessoal de Cui Guoqing ).



segunda-feira, 21 de maio de 2018

Qual é o problema que o MMA e Boxe enfrentam em Connecticut ?




Algumas das maiores promoções de artes marciais mistas (MMA, na sigla em inglês para Mixed Martial Arts) acontecem dentro da fronteira do estado de Connecticut, nos EUA. No entanto, os shows do  UFC, Bellator e Reality Fighting acontecem no Foxwoods Resort Casino e no Mohegan Sun, dentro das famosas reservas indígenas, ou seja, em terra de nação tribal soberana.

Uma reserva indígena é a designação legal para uma área de terra administrada por uma tribo indígena federalmente reconhecida sob o Bureau de Assuntos Indígenas dos EUA, em vez dos governos estaduais dos EUA nos quais eles estão fisicamente localizados. A reserva indígena é um local onde “a lei do ‘homem branco’ nada pode fazer”.

O contrassenso da medida adotada por estas promoções torna-se notória, uma vez que o esporte foi legalizado no estado em 2013. (O projeto de lei legalizando a modalidade havia sido apresentado pelo senador estadual Jonathan Harris desde 2009 ).

Os promotores de lutas dizem que a escassez de eventos no estado até agora tem sido devido aos custos.

Jimmy Burchfield, presidente da CES, baseada em Rhode Island, declarou que o custo atual para se fazer negócios em Connecticut não pode ser comparado com os de outros estados.

Embora ele tenha oferecido anteriormente shows de MMA ao Foxwoods Resort Casino (complexo de hotéis e cassinos de propriedade e operado pela Nação Tribal Mashantucket Pequot em sua reserva localizada em Ledyard, Connecticut), ele geralmente usa o Twin Rivers Casino em Rhode Island. A CES também ofereceu  eventos de boxe no mesmo Foxwoods. “Eu também tive que cancelar três shows de MMA e dois eventos de boxe que eu tinha programado para este ano”, disse Burchfield sobre suas tentativas de trazer eventos para fora das reservas indígenas de Connecticut. “O obstáculo que nos impede trazer o boxe e o MMA para Connecticut é muito básico - os custos”, disse Joe DeGuardia, da Star Boxing.

Larry Perosino, secretário da Comissão de Boxe de Connecticut, confirmou que há US $ 13.000 em taxas iniciais relacionadas com eventos de MMA, associadas a despesas de pessoal para a pesagem e os eventos em si. Por exemplo, só os inspetores de combate custam cerca de US $ 1.700.

Já o detetive Mark Langlais,  da unidade especial de licenciamento e armas de fogo do departamento de segurança pública da Polícia Estadual de Connecticut, que é o administrador de boxe e MMA naquele estado norte-americano, disse que as taxas cobrem os custos regulatórios e operacionais incorridos pelo departamento para regular os eventos.

Perosino e Burchfield criticaram o imposto de admissão de 10 por cento para os eventos, dizendo que é muito mais alto do que os outros estados cobram. “A porcentagem que Connecticut cobra como um imposto sobre os ingressos vendidos é pelo menos o dobro do imposto até mesmo dos estados mais importantes”, disse DeGuardia. É o Departamento de Segurança Pública do estado de Connecticut que regula  o boxe e o MMA atualmente. Nos últimos 10 anos estes esportes vinham sendo regulamentados pelo Departamento de Proteção ao Consumidor.

É de conhecimento de todos que a vinda de um grande show de MMA para uma cidade é uma boa estratégia para aquecer a economia local.

Eu torço para o bem de todas as partes envolvidas - funcionários do governo, promoções, fãs e lutadores locais - que o estado continue a aperfeiçoar seus regulamentos até que este funcione.

*Texto do Colaborador Oriosvaldo Costa

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Foto acima : Após terem lutado nas regras do MMA em Uncasville, Connecticut, Heather Hardy e Ana Julaton deverão se enfrentar em um confronto de boxe, que será promovido pela DiBella Entertainment e pela Orion Sport Entertainment ( Foto : Cortesia de John McCreary - Double G Media) ).

Abaixo : Connecticut foi o 49º dos 50 estados norte-americanos a regulamentar o MMA. Nova York ( em vermelho )  foi o último à legalizar a modalidade nos EUA ( Foto: Reprodução / Twitter / Dana White ).



domingo, 20 de maio de 2018

Mauricio “Bad Boy” Machado vai lutar o Shooto Brasil no próximo dia 26 de maio



Peso leve Mauricio “Bad Boy”, está de luta marcada no Shooto. Criado em 1985, o Shooto  é o pai do MMA japonês. A mais antiga franquia da modalidade na era moderna continua em atividade até os dias atuais.

Foi o Shooto Japan que, ainda em 1994, promoveu o Vale Tudo Japan Open, torneio eliminatório que marcou a vitoriosa estreia de Rickson Gracie na terra do Sol Nascente.

No inicio dos anos 2000, o Shooto tinha avançado com seus planos de expansão e já estava implantado nos EUA, Finlândia, Austrália, Holanda, Noruega, Alemanha, Inglaterra e Brasil.

A franquia iniciou as suas atividades em nosso país no início de 2003 e após nove edições do Shooto Brasil com “Z” os então promotores Alexandre ‘Pequeno’ Nogueira e seu sócio Toniko Júnior saíram de cena para dar vez aos novos produtores nacionais.

Contudo, poucos sabem que  um acontecimento no ‘basckstage’ quase impediu a promoção de ir adiante em território nacional.

Alexandre ‘Pequeno’ teve que devolver o cinturão de sete vezes campeão mundial do Shooto, caso contrário os dirigentes japoneses vetariam a participação de atletas brasileiros no Japão e o novo representante da franquia no Brasil sequer produziria um próximo show.

Sediada na redação da conceituada revista Tatame, a devolução do artefato por pouco não arrancou lágrimas de ‘Pequeno’ que desabafou : “Estou devolvendo o cinturão com o coração partido”.

Na sequência, o ex-rei do Shooto assinou contrato com o K-1 Hero’s, braço de MMA do mais famoso show de ‘trocação’ do Japão, à época.

Já o escolhido para a função de novo presidente da entidade no Brasil, André Pederneiras, produziu seu primeiro show no dia 2 de Dezembro de 2006 e marcou uma nova fase do Shooto Brasil com “S”.
Com a experiência de quem já havia viajado várias vezes ao Japão anteriormente, Pederneiras iniciou a nova fase da franquia em nosso país e que perdura até os dias de hoje.
A proposta do Shooto Brasil é ranquear os lutadores brasileiros e levar os melhores colocados para lutar no Japão.

Atualmente, quem está empolgado com a possibilidade de lutar na terra do Sol Nascente é o atleta Mauricio “Bad Boy” Machado,  da equipe Ghetto Diamond, uma vez que ele foi escalado para lutar na próxima edição do Shooto Brasil, que acontece no dia 26 de Maio na Upper Arena, Rio de Janeiro, e que terá transmissão ao vivo pelo canal Combate.

O lutador é morador e tem um projeto social com aulas gratuitas de artes marciais na comunidade Chico Mendes, em Florianópolis-SC. Ele tem uma história de vida de quem se livrou das drogas e do crime para continuar sonhando em viver da luta.

Maurício tem um cartel com 32 lutas, sendo 21 vitórias e 11 derrotas. O lutador vem de 4 vitórias seguidas no primeiro round e já lutou também em vários eventos internacionais, entre eles, o terceiro maior evento do mundo, o ACB na Rússia e o OFS MMA na Europa.

O adversário de Mauricio “Bad Boy” será Hacran Dias, que tem 23 vitórias, 6 derrotas e 1 empate. Hacran é pupilo de André Pederneiras ( também líder da equipe Nova União, além de produtor do Shooto Brasil ) e foi demitido recentemente do UFC.

Será uma luta dura, em que Mauricio “Bad Boy”  é o azarão e visto como uma “escada” para o rival, mas que também pode significar uma vitória épica na carreira do catarinense, que trabalha como vigilante.

Porém, com pouco apoio, ele precisa realizar exames médicos para que possa participar do evento, como ressonância magnética do crânio, angiorresonância arterial do crânio, oftalmológico, físico, hepatite e hemograma, que custam perto de R$ 1 mil.

Para colaborar com  Mauricio “Bad Boy”:

Quem puder ajudar, seja financeiramente ou conseguindo os exames, pode entrar em contato no ( 48 ) 98456-5980 ou ( 41 ) 9869-3714 ( WhatsApp ), que ele colocará o apoio no banner que levará para a luta.

*Fonte / Créditos : Colaborador Oriosvaldo Costa

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Foto : Mauricio “Bad Boy” Machado enfrentará o ex-UFC Hacran Dias, na Upper Arena, Rio de Janeiro ( Cortesia : Divulgação ).

quarta-feira, 16 de maio de 2018

Vem aí o 1° Campeonato Nordeste de Stick Fighting



As artes marciais Filipinas, ou FMA ( na sigla em inglês para Filipino Martial Arts ), englobam uma grande quantidade de técnicas de combate desenvolvidas pelos diversos povos e sociedades que habitaram, e que ainda habitam as Ilhas Filipinas, e que chegaram de maneira tradicional até os dias atuais.
Em seu país natal, as FMA são mais comumente chamadas de arnis, kali, escrima, entre diversas outras variações, dependendo da escola que a adota.

A idéia do uso de armas e ferramentas, como acontece nos estilos de artes marciais Filipinas encantam os praticantes com a sua beleza e letalidade e proporcionou até mesmo o surgimento de competições como o “Stick Fighting” que simula as situações mais próximas da realidade que um artista marcial pode vivenciar.

No “Stick Fighting” todas as possibilidades envolvidas em um confronto real tais como socos, chutes, projeções e finalizações no solo são válidas, além do uso de armas próprias e peculiares aos estilos de artes marciais Filipinas.

Uma vertente dos eventos onde ocorrem estes combates são chamados de “Gatherings Of The Pack” e foram iniciados no final dos anos 80 e início dos anos 90.
Um outro destes shows produzidos atualmente é o BTCOOC ( Beat The Crap Out Of Câncer ). É realizado em San Fernando, USA, e como o nome sugere é um evento beneficente contra o câncer.

Os combates são realizados com bastões de Rattan e o mínimo de proteção é utilizado. Não há regras, não há troféus, não há juízes: a única exigência é que os competidores continuem amigos ao final do dia.

Nesse contexto, gostaríamos de destacar o Clã dos Dog Brothers, criadores do “Gatherings Of The Pack”  e também do Kali Vale Tudo ou “Real Contact Stick Fighting”, uma vertente do Kali Filipino.

Inclusive, nas primeiras edições do UFC, ainda na metade dos anos 90, houve um convite para os Dog Brothers apresentarem um combate nas preliminares, mas os organizadores voltaram atrás por acharem as lutas “extremas” demais.

Os três fundadores do Clã dos Dog Brothers são Arlan “Salty Dog” Sanford ( responsável pelo Clã de Santa Fé ), Marc “Crafty Dog” Denny e Top Dog ( responsáveis pelo Clã de Hermosa Beach ), todos na Califórnia.

Outro nome que se destaca em competições do gênero ( com facas e bastões  ) é Alberto Cerra Leon ( O primeiro europeu a ganhar o Campeonato Mundial de Pentjak Silat - ou ‘Pencak Silat‘ - em Jacarta, Indonésia ), embora o uso de protetores tenha sido abolido naquele país asiático.
Enquanto seja uma arte marcial oriunda da Maláisa, o ‘Pencak Silat‘ é bastante popular na Indonésia e atualmente as competições fazem parte dos Jogos do Sudeste Asiático.*( P.S.: Ver nota )
Quanto à Alberto Cerra Leon, este chegou a competir no UFC 2 ( sem armas, é claro ) onde amargou uma derrota para o judoca holandês Remco Pardoel, nos idos de 1994.

Agora, os campeonatos do gênero  “Gatherings Of The Pack” chegam ao Brasil, após serem realizados em vários países pelo mundo com muito sucesso e ordem.
A diferença é que o nosso país receberá uma versão amadora da modalidade, e não no ‘formato Dog’ , uma vez que os praticantes brasileiros ainda não possuem a maturidade suficiente em artes marciais Filipinas.
Para se ter uma idéia, leva-se ao menos cinco anos de prática intensiva para se tornar um Guru ( professor )  na arte .

Assim sendo, o Guru Edmarcio Rodrigues estará promovendo o 1° Campeonato Nordeste de Stick Fighting, no dia 19 de agosto.
O evento terá lugar no 23° batalhão de Caçadores ( Avenida Treze de Maio, 1589 – Fatima ), em Fortaleza-CE.

Guru Edmárcio ( introdutor do Kali em Fortaleza e em muitas outras cidades do Nordeste ) é ainda Sifu em Jeet Kune Do ( um neo-sistema de arte marcial de combate, desenvolvido pelo popular ator e artista marcial Bruce Lee ). Ele também é responsável pelo ‘Jeet Kune Do & Kali Aplicado - Contemporary Mixed Martial Arts’ e nos explica o intuito da competição que estará promovendo :

“O evento vai servir para os praticantes de Kali e também para os adeptos de outras  artes marciais que envolvem algum tipo de arma, poderem testar seus instintos, sua percepção e suas habilidades. Este campeonato servirá para as escolas interagirem e também vai ser um teste mental, físico e emocional, além de mostrar o que funciona ou não nas artes com armas. Poderão participar praticantes de Fortaleza e de todo o Nordeste.”

Ele também é enfático quanto ao rumo que as artes marciais Filipinas vem tomando : “Muitas pessoas treinam Kali e acham que é apenas balançar bastão como vemos bastante por ai, mas a arte é séria demais e trata-se de arte de guerra que envolve mãos nuas e armas, condiciona o cérebro e ativa instintos neurais e cerebrais.
Povos e civilizações antigas sempre tiveram lutas e confrontos com bastões e outras armas, queremos fazer crescer as artes Filipinas de combate na cidade.”

Diferentemente das competições realizadas lá fora, o 1° Campeonato Nordeste de Stick Fighting não utilizará os Bastões de Ratan, pois será um torneio disputado no formato amador, como dito anteriormente.
Mas a ideia futura é organizar um outro evento posteriormente, com armas de verdade ( de Vime e Ratan ).

As primeiras modalidades disputadas nesse evento inaugural serão o Stick Fighting ( luta com bastões ), Knife Fighting ( luta com facas ) e Kali Tudo ( luta com armas que envolve socos, chutes, quedas e submissão ).

“Não haverá categorias de peso nem divisões por graduações para as lutas com facas e bastões.
Haverá categorias de peso apenas para a modalidade Kali Tudo.
Todos os bastões são acolchoados, serão usados protetores de mãos e cabeça. Haverá um juiz central e juízes de mesa para marcar as pontuações.
As lutas serão ganhas por quem marcar mais pontos livres ou quem desarmar o oponente.
Para as facas, quem marcar mais cortes de um total de 8 pontos ganhará.
Já para o Kali Tudo as formas de vencer são maiores, pode-se vencer por nocaute, por cortes de bastões, por submissão ou por desistência. Será bem envolvente.” Nos explica o Guru Edmárcio Rodrigues.

As inscrições serão feitas de duas formas :
Foi estipulado um valor de R$ 70 ( Setenta Reais ) para cada uma das modalidades, sejam o Stick Fighting ou o Knife Fighting.
Já para participar do Kali Tudo será cobrada uma taxa de R$ 80 ( Oitenta Reais ) e quem se inscrever em duas modalidades terá um desconto.

Serão distribuídas premiações para os primeiros colocados, e todos os competidores receberão um certificado de participação do evento.

“Aproveito ainda para convidar os praticantes de artes marciais para participarem e tornaram-se pioneiros em competições desse tipo aqui no Brasil. O evento fará história e será um divisor de águas.” Encerra o Guru Edmarcio Rodrigues.

*Fonte / Créditos : Colaborador Oriosvaldo Costa

*Nota .: Segundo alguns historiadores, Kali é uma arte marcial originária das ilhas Filipinas. Já o Silat, assim como o Pencak ( que eram lutas antigas e se juntaram no Pencak Silat ), seria uma luta da Indonèsia.
Ainda segundo esses historiadores, elas ( as lutas das Filipinas e da Indonésia ) são modalidades  análogas,  são lutas muito próximas.

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Foto : O ‘poster’ oficial de divulgação do 1° Campeonato Nordeste de Stick Fighting que acontecerá no próximo dia 19 de agosto no 23° batalhão de Caçadores em Fortaleza-CE ( Cortesia : Divulgação ).






segunda-feira, 7 de maio de 2018

Brasileiro Peterson ‘Chacal’ conquista cinturão em show de MMA no Japão



O lutador brasileiro de Santo André-SP, Peterson Almeida Vilela, mais conhecido no mundo das artes marciais pela alcunha de ‘Chacal’, acaba de se tornar o campeão dos pesos pesados em MMA do evento ACCEL, que foi realizado no dia 3 de Maio na cidade de Kobe ( Hyogo ) no Japão.

A promoção do ACCEL iniciou as suas atividades em Julho de 2004 e desde então já realizou mais de 30 eventos.
O seu mais recente show, batizado de ACCEL-Vol.39, contou com lutas de Kickboxing e MMA, em lutas com três rounds de três minutos e um minuto de descanso a cada round, disputadas no tradicional ringue de cordas.

O adversário de Peterson “Chacal” ( 8-4-0 ),  foi o lutador Yasushi Ode “Ode-Man” ( 5-5-0 ) que é um ex-campeão de Kickboxing e MMA do ACCEL e também rival de longa data do brasileiro.

Ambos já se enfrentaram anteriormente pela mesma franquia com duas vitórias para o lutador brasileiro por TKO (  nocaute técnico )  e KO ( nocaute )  nos shows do ACCEL-Vol.34 e ACCEL-Vol.38, respectivamente.

A mais recente luta entre ambos foi duríssima e muito disputada, à exemplo das anteriores, mas o brasileiro consegui impor seu ritmo e levar a melhor.
Desta feita, “Ode-Man” chegou à botar “Chacal” para baixo no segundo round, mas o lutador paulista conseguiu ir para costas do japonês. Guerreio, “Ode-Man” repôs a guarda rapidamente e “Chacal” aproveitou para ficar por cima castigando o seu oponente no ‘Ground and Pound’.

Peterson acabou vencendo a luta por pontos e conquistando o cinturão do evento.
No córner de Peterson estava seu grande amigo e também grande investidor da sua carreira Danilo Zanolini, diretor da equipe Brazilian Thai e  cuja academia fica na cidade de Kani ( Gifu ).

A conquista soma-se à tantas outras em sua carreira, uma vez que Peterson “Chacal” está no mundo das artes marciais desde 1994 e já participou de diversos torneios entre Brasil e Japão.

Gostaríamos de destacar algumas das conquistas do atleta entre as chamadas ‘lutas de contato‘, quais sejam o Muay Thai, o Kick Boxing e o Boxe, entre outras : vice-campeão da Forja dos Campeões ( Boxe ) em 2005, campeão brasileiro e paulista de Kick Boxing pela WAKO em 2007, campeão do K-1 Tryout em Tóquio em 2008, campeão de Muay Thai na Tailândia por 3 vezes ( chegando a fazer uma luta no estádio Lumpinee, ginásio considerado símbolo do atual Muay Thai ) e campeão de Kick Boxing no evento japonês Legend 7 no ano de 2017.

Já no MMA, gostaríamos de citar suas lutas no Jungle Fight e no evento japonês Heat, além de ter sido Bi-Campeão de MMA do Shooto Brasil no ano de 2011 e Campeão de 3 lutas de MMA no evento ACCEL ( na cidade de Kobe ) nos anos de 2016 e 2017 e que lhe credenciaram para a disputa do cinturão de campeão internacional de MMA no ACCEL-Vol.39, cuja conquista reportamos a cima.

Feliz da vida com a conquista do cinturão de campeão dos pesos pesados do Accel, o atleta promete treinar muito para conseguir mantê-lo e aproveita para agradecer primeiramente a Deus que lhe dá forças todos os dias e também a sua família, que sempre lhe apoia, sem esquecer dos seus patrocinadores.
Agora Peterson “Chacal” faz parte do seleto círculo de lutadores brasileiros que defendem o nosso país na terra do Sol Nascente.

*Texto do Colaborador : Oriosvaldo Costa

Foto a cima : Pôster do ACCEL-Vol.39, tradicional show  com lutas de Kickboxing e MMA no Japão.

Abaixo : o momento da conquista do cinturão de campeão dos pesos pesados de MMA no ACCEL-Vol.39 ( em 03 de Maio de 2018 ).



quarta-feira, 2 de maio de 2018

1° Gueto Diamond Fight MMA foi um verdadeiro show de lutas em Florianópolis-SC



O dia 29 de Abril foi de festa para a galera da comunidade Chico Mendes, na cidade de Florianópolis, capital do estado de Santa Catarina.
Naquele domingo, o lutador internacional Maurício “BadBoy” Machado ( 32 lutas de MMA e 21 vitórias ) realizou um evento de artes marciais na comunidade onde cresceu com o intuito de incentivar as crianças e adolescentes para a prática de esportes e mostrar que a mesma não é só violência, sendo também celeiro de promissores atletas, os quais só precisam de uma oportunidade.

A iniciativa social não teve patrocínio, mas contou com muita vontade da comunidade e raça dos atletas participantes, o que foi o suficiente para o evento ser bem sucedido.

O evento foi realizado no CT Gueto Diamond, liderada pelo lutador. Quando ele não está trabalhando de Vigilante, ministra aulas de MMA, Jiu-Jitsu, Muay-Thai e Submission para todos os públicos, visando trazer qualidade de vida aos praticantes e “lapidar diamantes” para o mundo das lutas.

O próprio Mauricio “Bad Boy”  sobreviveu por causa do esporte e hoje a sua história de vida é um grande exemplo para os seus alunos. Ele já lutou em vários eventos internacionais, entre eles, o terceiro maior evento do mundo, o ACB na Rússia e o OFS MMA na Europa e vem de 4 vitórias seguidas no primeiro round em suas últimas lutas.

Assim sendo, seus alunos podem se inspirar nele e lutar literalmente para ampliar o seu  “leque de possibilidades” seja através de novas oportunidades profissionais ou através da inserção social. São estas as propostas do seu Projeto CT Guetto Diamond Chico Mendes.

O evento faz parte do projeto de descentralizar as competições de lutas e também levar o lado bom da comunidade.

Esta primeira edição do Gueto Diamond Fight teve o apoio de Mercado Shalom, Japa Box Sushi, Ezequiel Saldanha, Guilherme Conceição, Ricardo ( primeiros socorros ), Vinni ( surfista profissional ), equipe Rudinei da cidade Tijuca-SC ( professor de artes marciais ) e mídia especializada.


O evento foi um verdadeiro festival de lançamento de novos nomes para as competições de artes marciais, além de marcar o retorno de um grande lutador Florianopolitano às  competições de MMA.

MUAY-THAI AMADOR MASCULINO E FEMININO:

Marcos e Fred “Sagate”, moradores locais e atletas do Gueto Diamond, deram um show de Muay-Thai contra seus adversários. As lutas terminaram empatadas e o organizador planeja fazer o tira-teima em algum evento grande que aceite dar oportunidade aos guerreiros.

O Muay-Thai feminino não ficou para trás, com Maria Julia ( Rundieni Combat ) vencendo a guerreira Magrinha ( CT Gueto Diamond ) por desistência. Outro atleta da equipe Rudinei que não deixou a luta ir para a decisão foi o experiente Jeferson, que conseguiu nocautear o lutador local “Cão” no 1º round.

SUBMISSION TERMINA EM 22 SEGUNDOS:

A super luta de Submission foi entre o campeão de MMA Lucas  “Japa”  Santana ( RSN Combat ) e o argentino Agustin Amarilla ( Gracie Barra ). Durante as tentativas de quedas em pé, Agustin aproveitou o ‘clinch’ e puxou “Japa” para a guarda com o braço preso, vencendo com uma finalização relâmpago.

MMA ACABA COM UM  ‘NO CONTEST’  E DUAS FINALIZAÇÕES:

No primeiro combate de MMA Indianara “Índia” Machado ( que já lutou no Áspera FC – consagrada promoção de MMA capitaneada por Marcelo Brigadeiro ) retornou ao MMA contra Letícia Ramos. Ambas partiram para a trocação franca, onde Letícia soube usar melhor sua envergadura, então Índia passou à buscar o solo. Porém no momento da queda Indianara atingiu Letícia com uma cotovelada não intencional e a luta foi declarada ‘Sem Resultado’ ( ‘No Contest’ ).

Na segunda luta, a curitibana Ereni “Eny” Gonçalves lutou com a também estreante Khete Silva. Ereni encurtou a distância para usar seu Muay-Thai e foi derrubada, mas surpreendeu no chão com uma chave de perna. A campeã, que treina em Florianópolis com Maurício Machado, agora sonha em seguir carreira no MMA.

No combate final de MMA, Ezequiel “Montanha” estreou contra o experiente Thiago “Tubarão” Lapolli, que aceitou fazer uma luta de pesados para apoiar o evento. Ezequiel, que pratica Muay-Thai, começou lançando alguns chutes e socos, então “Tubarão” aproveitou a inexperiência do adversário no solo para derrubar e finalizar com um estrangulamento.

Se você deseja patrocinar as próximas edições do evento, apoiar o Projeto CT Guetto Diamond Chico Mendes ou mesmo ter aulas com o Maurício “BadBoy” Machado, basta ligar para os números : ( 048 ) 98456-5980 e ( 041 ) 9869-3714.

Por agora confira os resultados completos do 1° Gueto Diamond Fight :

RESULTADOS COMPLETOS:

1° Gueto Diamond Fight
29 de Abril de 2018
CT Gueto Diamond  Mauricio “Bad Boy”
Rua dos Pinheiros –
Comunidade Chico Mendes
Florianópolis-SC
Brasil

Ingressos: Entrada Gratuíta ( evento 100% beneficente ).

MUAY THAI AMADOR MASCULINO E FEMININO:

Kaue  Matheus (RSN) Vs. Diego Pitbull ( Guetto Diamond ): Empate.

Maria Julia ( RSN Combat ) venceu Magrinha ( CT Gueto Diamond ) por desistência.

Jeferson ( RSN Combat ) venceu “Cão” ( CT Gueto Diamond ) por KO no 1º round.

Jeferson Silva Vs. Fred: Empate.

Jean Bassi venceu Nato ( CT Gueto Diamond ) por Decisão.

SUBMISSION

Agustin Amarilla “Argentino” ( Gracie Barra ) venceu Lucas Santana “Japa” ( Guetto Diamond ) por Finalização ( Armlock aos 22 segundos do 1º round )

MMA

Indianara Machado ( Gueto Diamond )  X Leticia ramos ( RSN Combat ) acabou Sem Resultado devido a cotovelada não intencional: No Contest.

Ireni Gonçalves “Emy” ( Gueto Diamond )  venceu Khete Silva ( Japa Team ) por finalização no 1º round.

Thiago “Tubarao” ( Wado ) venceu Ezequiel “Montanha” ( Gueto Diamond ) com guilhotina no 1º round.

*Fonte / Créditos : Colaborador Oriosvaldo Costa

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Foto a cima : O Florianopolitano Thiago “Tubarão” Lapolli ( Wado ) retornou com vitória às competições de MMA.

Abaixo : A confraternização dos lutadores participantes do 1° Gueto Diamond Fight MMA.