terça-feira, 26 de setembro de 2017

K-1 desembarca novamente na Coréia do Sul em noite de grandes lutas



Após o seu inicio no dia 30 de Abril de1993 o K-1 foi por quase 20 anos o maior evento de Kickboxing do planeta. Criado por Kazuyoshi Ishii, o K-1 muitas vezes é confundido com uma arte marcial ou desporto de combate.

O K-1, a partir de 2003, passou a pertencer à promotora Fighting and Entertainment Group ( FEG ). Em 2010 começaram a surgir problemas financeiros responsáveis pela não realização do K-1 World Grand Prix em 2011, sendo que após várias transações, a organização do K-1 passou para a Showtime ( uma rede de canais de televisão por assinatura e outras plataformas em todo o mundo ) apenas para amargar um novo fracasso comercial.

Toda a marca K-1, juntamente com a maioria das suas marcas comerciais, com a exceção do ‘K-1 Koshien’, ‘K-1 MAX’ e ‘ Dream ‘ ( braço de MMA da marca que substituiu o K-1 Hero’s ), foram vendidas à empresa japonesa de imóveis, Barbizon Corporation Limited, também em 2011.

Contudo, em 2012 a EMCOM Entertainment Inc. comprou o K-1 da Barbizon.

Foi então que a Showtime anunciou que a EMCOM Entertainment havia estabelecido uma nova empresa, a K-1 Global Holdings Limited, com sede em Hong Kong, e que esta teria adquirido os direitos do K-1 tornando-se assim o atual organizador de eventos da franquia em todo o mundo.
O acordo da K-1 Global Holdings Limited com a promoção exigiu que certos lutadores contratados anteriormente pela Showtime aparecessem nos próximos eventos do K-1.

Posteriormente, a parte do K-1 que ainda pertencia à Showtime foi comprada pela Glory Sports International, responsável pela nova promoção GLORY, hoje classificada como a maior franquia de Kickboxing do mundo.

Quanto ao K-1, este continuou à ser promovido no Japão, Hong Kong e Europa, ainda em 2013, além ter feito o seu retorno a Coréia do Sul, país onde era muito popular, graças à visão do seu novo presidente, o sul-coreano Gunil Kim.
Seu sócio é Mike Kim, um magnata do mercado imobiliário e empreendedor com experiência em revitalizar empresas quase falidas.

Nesse reinício, o K-1 começou à realizar try-outs em vários países pelo mundo, tais como Croácia, Lituânia, EUA, Portugal e até mesmo Brasil, para ranquear lutadores.

Para se ter uma ideia da popularidade do show, os try-outs que foram realizadas em Venice Beach, Califórnia, EUA, proporcionaram mais de 768.300 mil  de buscas on-line para conteúdos relacionado ao K-1, gerando um enorme aumento no tráfego do site da empresa dentro de um período de três meses.

De lá para cá, a marca sedimentou-se com a promoção de várias etapas em lugares tais como Coréia do Sul, Croácia, Moldova, Portugal, Lituânia, Canadá, Irlanda, Inglaterra, Espanha, Azerbaijão, Tailândia e Foshan, na China.

A mais recente edição do evento foi realizada no sábado passado, dia 23 de setembro, e teve lugar em Incheon, na Coréia do Sul.
Incheon, Inchon ou Inch’on é uma importante cidade portuária situada na costa ocidental do país, a oeste da capital Seul.

Uma vez que o MKF ( Moovi Kyeoktooki Fight ) assinou um contrato em julho para ter o direito de fazer uso da marca K-1, essa etapa foi então batizada de K-1 ULTMATE VICTOR e consistia de um torneio eliminatório ( composto de quartas-de-final e final ) e algumas lutas casadas.

A MKF Promotions é a mais antiga das organizações de combate profissional da Coréia do Sul.

Para nós brasileiros, o momento mais aguardado desse K-1 ULTMATEVICTOR REVOLUTION FINAL 4 foi a luta do paulista Marcos Alves, representante da equipe Brazilianthai e que contava com o famoso campeão de Kickboxing Danilo Zanolini em seu corner.

Marco Alves lutou nas quartas de final com o chinês Sunji Xiang e vinha fazendo uma boa luta, mas infelizmente acabou tomando um golpe de encontro ainda no primeiro round.
O atleta de Piracicaba ganhou muita esperança por participar de um evento desse porte e já se prepara para próximas lutas.

Na final do torneio, o japonês Hideki que venceu as suas duas lutas por Nocaute, acabou ficando com o cinturão do K-1 na Coreia do Sul.

A MKF Promotions informou que após concluir o procedimento administrativo para estabelecer uma aliança de combate com a K-1 Global Holdings Limited , seria a vez das pequenas empresas de gerenciamento de lutadores se desenvolverem de forma mais orgânica.

Para maiores informações, favor consultar :
Site oficial da empresa K-1 Global Holdings Limited : https://k-1world.com/
Site oficial do K-1: https://www.k-1.co.jp/

*Texto do colaborador: Oriosvaldo Costa

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Foto acima : O pôster de divulgação do K-1 ULTMATEVICTOR REVOLUTION FINAL 4 que foi realizado no dia 23 de setembro de 2017.


Abaixo : O banner ou ' flyer ' das quartas-de-final que destaca o lutador brasileiro Marcos Alves, representante da equipe Brazilianthai.




quinta-feira, 21 de setembro de 2017

Mestre de campeões brasileiros monta academia nos EUA



Evilázio Feitoza é considerado um dos nomes mais importantes do estado do Ceará e também de todo o Brasil, quando se fala em MMA.

Nascido no interior de Sobral, e tendo vivido a sua infância na serra cearense de Tianguá, Evilázio mudou-se do Ceará para o estado de São Paulo, com o intuito de dar continuidade aos seus treinamentos de Karatê Shotokan e iniciou sua prática do Kung-Do-Te, Full Contact (versão do Kickboxing) e Contato Total Português.

Foi nessa época que, além de assimilar os conhecimentos do mestre português Adriano Silva, o cearense passou a treinar Jiu-jitsu com o mestre e amigo, agora falecido, Marcelo Behring, além de aperfeiçoar suas técnicas com o renomado campeão mundial de boxe, Miguel de Oliveira.

Faixa preta 8º Dan de Kickboxing, Evilázio é seis vezes campeão brasileiro (1983-1987) e ostenta um cartel de 37 lutas, 35 vitórias e mais de 40 anos envolvido em artes marciais e esportes de contato.

Competente treinador, Feitoza levou o lutador do estado do Maranhão, James Adler à conquista do campeonato norte-nordeste de Muay Thai em um evento promovido por Rodrigo Coutinho, em Recife-PE no ano de 1989, e também à vitória sobre o lendário lutador Rei Zulu em duas lutas de Vale Tudo já na década de 1990.

De volta ao Ceará, Evilázio Feitoza obteve ainda mais sucesso participando de eventos como técnico em todo o Brasil e outros países como o título Mundial de Thai Boxing de ISKA (Benidorm/Espanha – 1995 ), Título Mundial de Full Contact (Tenerife/Espanha – 1995), Título Mundial de Full Contact WKA (Africa do Sul – 1996) e no Título Mundial de MMA (Flórida/EUA/2003).

Evilázio já revelou vários atletas de alto rendimento, entre eles Thiago “Pitbull” Alves, (atualmente lutador do UFC), Paulo Guerreiro, Andrezinho Nogueira, além de já ter trabalhando com nomes do porte de Jorge Patino “Macaco”, The Pedro, James Adler, Ricardo Freire, Gabriel Napão e Assuério Silva, entre outros.

Atualmente, Evilázio mantêm representantes nos estados do Ceará (em Fortaleza e na região do Cariri), Paraíba e São Paulo, uma vez que se mudou para os EUA onde montou uma bem estruturada academia em New York (Long Island, Suffolk County) e pretende revelar novos talentos para o esporte que tanto ama.

Evilázio mantêm uma carreira consolidada como competidor, mestre, técnico, palestrante, consultor e promotor, uma vez que também sempre trabalhou com a promoção de eventos de lutas de contato.

Seu nome já se tornou uma referência de sucesso no Brasil e demais países da América do Sul, Europa, Oriente Médio e Ásia, onde é sempre requisitado por suas credenciais.

Ele também promete para breve a próxima edição do Champions Night Fight, show de MMA e Muay Thai que promovia no Brasil e que agora também será realizado na terra do Tio Sam. “Já estamos trabalhando nos trâmites legais para realização do evento. O Champions Night Fight mais uma vez será marcado como um grande show de MMA, e sem dúvida vai levar o MMA da região de Long Island, nos EUA, para outro nível de competições do gênero. A nossa missão sempre foi fazer história, e agora em todo o mundo!”, concluiu Evilázio.

*Texto do colaborador Oriosvaldo Costa

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Foto : Evilázio Feitoza como ‘coach’ de Thiago “Pitbull” Alves, seu pupilo mais famoso e consagrado após destronar Matt Hughes no UFC, organização onde permanece até hoje ( arquivo pessoal Evilázio Feitoza ).

terça-feira, 12 de setembro de 2017

PE Fight 4 : Card composto por 16 lutas marca retorno da organização a Recife



Houve uma época em que Recife era considerada pela mídia especializada como a “capital do Vale Tudo no nordeste”. Com a evolução das regras do esporte e adoção do nome técnico : ´Mixed Martial Arts´ ( Artes Marciais Mistas ), a capital do estado de Pernambuco continuou com a promoção dos mais concorridos torneios da modalidade.

Desde então, o PE Fight firmou-se como um dos mais tradicionais eventos da região Nordeste do Brasil.

A primeira edição do PE Fight foi realizada no dia 02 de Junho de 2005 e participaram deste card inaugural atletas do porte de Rafaello Oliveira ( que fez a sua estreia naquela ocasião e posteriormente tornou-se um lutador contratado pelo UFC) e Jorjão, atleta da consagrada equipe Kimura Nova União de Natal, entre outros.

A segunda edição da franquia foi promovida no dia 01 de Novembro de 2005 e naquela etapa as lutas foram realizadas em Jaboatão dos Guararapes, cidade da região metropolitana do Recife. Ainda naquela ocasião o show bateu um recorde de publico naquele estado, com 3.000 pessoas presentes ao evento.

A terceira edição aconteceu em Abril de 2010 e marcou o retornou do show para Recife onde foi realizada como da primeira vez, em forma de torneio eliminatório de oito lutadores, desta vez na categoria de pesos pesados.
O vencedor foi Cassio ” Jacaré “, que hoje em dia luta na categoria dos médios, até 84 quilos.
Na época, o campeão levou para casa uma moto Shineray Indianápolis ( 200 cc ) zero km e o vice-campeão embolsou a quantia de R$1.000,00. Os 3º e 4 º colocados na competição embolsaram R$ 500,00 cada e os demais lutadores receberam R$ 300,00 cada um.

A promoção que sempre se preocupou com a segurança e integridade física dos atletas contratou profissionais particulares, a Polícia Militar, um grupo de socorristas de bombeiros civis, além de uma UTI móvel, médico e para-médicos.

Ao longo de suas edições o PE Fight revelou lutadores do nível de Rodrigo “Buga” Carlos, Edson “Paredão” Ramos, Anderson “Bad Boy”, “Fofinho”, Tiago “Boi”, Tiago “Lambão” e o já citado Cassio “Jacaré”, entre outros.

A novidade agora é o retorno do PE Fight em sua 4ª edição que será realizada no dia 09 de Novembro de 2017 e contará com 16 lutas casadas.

Entre os lutadores já confirmados para esta etapa estão: Marcos Vinícius “Imperador” e Antônio Domingos (com participações no Shooto), Julio “Sertão” ( destaque do MMA pernambucano ) , Tiago Buarque “Boi” ( atleta muito experiente e ídolo na região Nordeste ), entre outros.

Os lutadores Ral “O Touro de Aço” ( conhecido por lutar com a alma e o coração, não desistir nunca e sempre proporcionar grandes show em suas lutas ) e Brandon Lopes ( que continua invicto em quatro lutas no MMA ), também estão sendo bastante aguardados.

O promotor do evento é Glauber Barbosa, que produziu sozinho todas as edições do PE Fight até os dias de hoje.

Glauber Barbosa é conhecido atualmente pelo público de MMA devido ao seu trabalho de árbitro em todos os eventos de MMA em Pernambuco : GFC, SLF e KEZEN FIGHT, além do Brabos Combat, evento de Alagoas, que foi indicado para disputar o troféu Oswaldo Paquetá como o evento revelação de 2016.
Glauber também teve um passado de lutador, na época em que o MMA ainda era chamado de Vale Tudo e não existiam regras definidas, uso de luvas ou divisão de atletas por categorias de peso.

Ao todo ele fez 12 lutas, sendo 9 vitórias, 2 derrotas e 1 No Contest. Pesando apenas 80 Kg na época, ele chegou à lutar com adversários de 100 kg, como em sua luta com Baiano, que você poderá conferir no Youtube.

Com o passar do tempo e por não ter mais condições físicas de lutar, Glauber resolveu promover eventos de MMA para se sentir vivo dentro do esporte que tanto ama.

Assim sendo, ele resolveu retomar a promoção do PE Fight e dessa vez para ficar, pois além dessa próxima edição já está sendo planejada uma outra para o mês de Março do próximo ano.

Por agora confira o card * do PE Fight 4 que será realizado no próximo dia 09 de Novembro de 2017.

PE Fight 4
09 de Novembro de 2017
Recife – PE

( *Card sujeito à alterações ) :

1ª LUTA: 61 kg – GEORGE FIALHO X WILL JONES
2ª LUTA: 66 kg – MICHAEL CYBORG X JONATHAS CAVALCANTE
3ª LUTA: 75 kg – BRANDON LOPES X LEANDRO NUNO
4ª LUTA: 77 kg – TOBIAS PARAÍSO X ERIQUE CARVALHO
5ª LUTA: 100 kg – HOSLLAN ALVES X RAL KEZEN
6ª LUTA: 66 kg – JOSÉ ARLY X FABIO DA SILVA
7ª LUTA: 70 kg – JOSÉ DELANO X ISAAC ROOT
8ª LUTA: 61 kg – ELIAS “CAPITÃO” X ARLAN SILVA
9ª LUTA: 66 kg – ROGERS VITOR X NETO FÚRIA
10ª LUTA: 82 kg – JULIO TROVÃO X MAICON MAMUTE
11ª LUTA: 77 kg – PAULO SANTANA X MARCELO SELVA
12ª LUTA: 57 kg – NUNO COSTA X GLEYSON PITBULL
13ª LUTA: 70 kg – DANILO MESSIAS X LEONARDO BARRETO
14ª LUTA: 120kg – TIAGO BOI X MURILO VIEIRA
15ª LUTA: 70 kg – JULIO SERTÃO X ANTÔNIO DOMINGOS
16ª LUTA: 70 kg – MARCOS VINÍCIUS X JOSIAS QUEIROZ

*Texto do colaborador Oriosvaldo Costa



quinta-feira, 7 de setembro de 2017

Guerreiras pacíficas praticam Kung Fu para combater o preconceito no Afeganistão



O Afeganistão, cuja capital é Kabul, é um país situado no centro do continente asiático.
Faz fronteira com o Turcomenistão, Uzbequistão, Tadjiquistão, China, Paquistão e Irã.

Desde a Antiguidade, o Afeganistão tem sido objeto de invasões e conquistas. Esse fato ocorre em razão de sua localização geográfica privilegiada, pois é um ponto estratégico para as relações comerciais e uma área estratégica de fundamental importância para se estabelecer um certo domínio na Ásia Central, segundo os estrategistas.

Por ser um país que faz parte da rota da seda e devido a proximidade com a Ìndia eles praticam alguns estilos de dhanurvidya (artes marciais indianas) e também sabemos que há muitos praticantes de Kung Fu por lá.

Atualmente jovens mulheres são vistas praticando Shaolin Kung Fu nas colinas cobertas de neve na oeste de Cabul. A atividade parece surreal em um país tão conservador.

Mas nem sempre foi assim.
O advento dos talibãs no Afeganistão trouxe consigo uma série de severas restrições às mulheres naquele país. Entre estas podemos citar : o requisito de usar um véu, a proibição do uso de cosméticos, falar com homens estranhos, trabalhar longe de casa e até mesmo rir alto.

Os esportes também se tornaram tabu: de acordo com o Talibã, o exercício físico poderia prejudicar o hímen e, se uma mulher solteira não fosse virgem, seria uma grande vergonha para ela e sua família.

Apesar da situação constrangedora para as mulheres no Afeganistão, as coisas estão mudando gradualmente e algumas melhorias já estão sendo implantadas para os direitos das mulheres no país.

Um dos sinais dessa melhora é o funcionamento do Shaolin Wushu Club em Cabul. O clube foi fundado por Sima Azimi, de 20 anos.

Ela nasceu no Afeganistão Central, mas depois foi para o Irã, onde viveu durante três anos e estudou artes marciais, ganhando medalhas de ouro e bronze em várias competições de Kung Fu.

Ao retornar ao Afeganistão, Azimi decidiu abrir um clube feminino de lutas.

“Meu objetivo é ver como minhas alunas participam e vencem nas competições internacionais, conquistando medalhas para seu país”, disse ela.

“Eu trabalho com garotas afegãs para ajudá-las a expandir seus horizontes e ampliar seus leques de oportunidades. Estou feliz em perceber que elas estão construindo seu caminho, como as demais mulheres ao redor do mundo”, acrescentou Azimi.

O pai de Azimi apoia sua iniciativa, embora ele se preocupe com a segurança de sua filha em meio a ameaças.
Apesar de as artes marciais no Afeganistão serem bastante populares, as mulheres devem defender o seu direito de participar delas. “Os pais de alguns de minhas alunas não queriam aceitar o fato de que suas filhas estão envolvidas com o Wushu, mas falei com eles sobre isso, tentando convencê-los”, disse Azimi.

Além dos desafios do dia a dia, as meninas do clube Shaolin continuam a enfrentar novas ameaças. “É difícil para nós sair e ir ao ginásio”, disse Zahra Timori, de 18 anos.

Muitas pessoas não aprovam o que as meninas fazem, mas as jovens guerreiras tentam não prestar atenção a essas ameaças e continuam em sua prática.

Ainda de acordo com as garotas, os esportes tornaram a situação no Afeganistão mais pacífica. Elas enfatizam que aprender a arte marcial Shaolin é para sua defesa pessoal e não para agredir alguém.

Para essas meninas, as prioridades são auto-proteção e ter um corpo e um espírito saudáveis. Elas praticam a arte marcial nas colinas cobertas de neve fora de Cabul, ou então em um salão de esportes onde o cartaz de um famoso desportista afegão, Hussein Sadik, está pendurado para inspirá-las.

Além das questões de segurança, o clube também tem dificuldade em receber todos os inventários e equipamentos necessários para o treinamento. Azimi teve que trazer as espadas do Irã e um alfaiate especial em Kabul costurou o uniforme para os membros do clube.

O custo das aulas varia de US $ 2 a US $ 5 por mês. Azimi espera que mais meninas se juntem ao clube e, juntas, possam lutar e proteger os frágeis direitos das mulheres no Afeganistão.

Num país onde a prática desportiva ( ainda ) é muito restritiva para as mulheres, este grupo de jovens está realmente fazendo a diferença.

A modalidade de Kung Fu ensinada por Azimi é chamada de Wushu.

Os estilos de Wushu modernos foram criados pela República Popular da China ( RPC ) para unificar a prática do Wushu naquele país.

O Wushu já faz parte do programa oficial dos jogos asiáticos desde 1990. A modalidade também já foi disputada nas Olimpíadas de Beijing em 2008 e poderá voltar à ser incluída nos jogos olímpicos de 2024.

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Foto : – Em Cabul, um grupo de mulheres pratica Wushu, uma arte marcial com origem no Kung Fu tradicional chinês que mistura o boxe daquele país com o controle de espadas numa coreografia acrobática.

*Texto do colaborador Oriosvaldo Costa