terça-feira, 22 de agosto de 2017

MMA infantil gera debates acalorados na China



A Agência Internacional de Notícias, Agence France-Presse (AFP), com sede em Paris, informou recentemente que o Pear Video, um site de ´streaming´ chinês, lançou um documentário informando sobre um clube de MMA que adotou centenas de meninos órfãos e os está criando e treinando como lutadores.
A noticia reacendeu a polêmica sobre os confrontos de MMA envolvendo crianças e está proporcionando debates ferozes na China sobre a questão.

Um escritório de nível local do Ministério dos Assuntos Civis trouxe a maioria das crianças ao En Bo Fight Club, reivindicando os fundadores do ginásio. O En Bo Fight Club está localizado na cidade sudoeste de Chengdu.

Em 2015, haviam 500 mil órfãos na China, com apenas cerca de 5% adotados e apenas 20% sendo criados pelo estado, então essa deveria ser uma oportunidade excelente. Mas enquanto o aprendizado das artes marciais é uma ferramenta maravilhosa para que as crianças desenvolvam confiança e disciplina, lutar em um ´ cage ´ nos faz ponderar sobre essa situação.

As regras sob as quais as crianças competem, aparentemente, proíbem o uso dos cotovelos, mas, de outra forma, permitem socos e pontapés, em pé e no chão.

Segundo o documentário, a maioria das crianças do En Bo Fight Club vinham de vários grupos minoritários da China, incluindo os tibetanos. Em um editorial, o jornal Pequim News  acusou o clube de explorar os órfãos.
"Eles sabiam do direito à educação com base na lei enquanto as crianças foram submetidas a treinamento rigoroso para competirem em lutas intensas?", Perguntou o jornal.

Por sua vez o Weibo, que é o equivalente da China ao Twitter, também proporcionou um debate feroz sobre o tema. Muitos acusaram que as lutas infantis são ilegais, enquanto outros sentiram que, sem o clube, os meninos acabariam nas ruas, com a possibilidade de recorrerem ao crime.

No documentário, Xiaolong, de 14 anos, disse que está feliz, pois agora ele está simplesmente alimentando-se corretamente.
"Há tudo aqui - comida, roupas e um lugar para viver", disse ele. "A comida aqui é muito melhor (do que em casa). Há carne e ovos, enquanto eu só podia comer batatas quando morava em casa ".

A polêmica em torno do MMA infantil já rendeu outros debates acalorados anteriormente pelo mundo. Em uma destas ocasiões, o presidente da Chechênia, Ramzan Kadyrov, enfrentou resistência ao promover lutas infantis de MMA em uma edição do seu evento,  “ World Fight Championship of Akhmat ” ( WFCA ), no qual seu filho de apenas 11 anos de idade era um dos competidores.

Recentemente o estado norte-americano da Califórnia aprovou as competições de MMA infantil, desde que sob regras adaptadas. Em pé, socos e chutes só são permitidos do pescoço para baixo, e no chão só é permito a luta agarrada, sem socos e nenhum outro tipo de golpes traumáticos.

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Foto acima : Em um editorial, o jornal Pequim News acusou o En Bo Fight Club de explorar os órfãos em lutas de MMA infantil.

Abaixo : À título de curiosidade. Pessoas com menos de 15 anos são proibidas de lutar Muay Thai em Bangkok, (Lei de proteção à criança – 2003), embora o esporte faça parte da cultura da Tailândia. Contudo, é possível ver crianças de até 4 anos já lutando ao norte daquele país.

*Texto do colaborador Oriosvaldo Costa


quinta-feira, 17 de agosto de 2017

Marcelo Barreira e Sandro Vieira : caminhos distintos no MMA



Os protagonistas de uma das super lutas do ´ card ´ do  Araça Fight 2017 ( um dos maiores eventos promovidos este ano no estado de São Paulo ) traçam trajetórias opostas no mundo do MMA : enquanto Marcelo Barreira comemora a sua contratação pelo Áspera FC, a prolífera promoção brasileira de MMA gerenciada por Marcelo Brigadeiro, Sandro Vieira continua a sua grande campanha para sedimentar a sua carreira internacional de competidor de MMA, já tendo assinado para lutar em torneios internacionais de alguns países da Europa e Ásia.

O lutador Marcelo Barreira, natural da cidade de Santos, no litoral de São Paulo, já competiu por grandes organizações como XFC , WUFC , Hombres de Honor , MMA Champions League  e GPG entre outras. 
Em sua vitoriosa carreira no MMA o atleta já lutou em países como Argentina, Portugal e Brasil.

Agora, o  experiente lutador santista comemora a sua contratação pelo Áspera FC, uma vez que já está integrando o plantel de lutadores composto por vários ex-atletas do UFC e de outros grandes eventos pelo mundo.

O Áspera FC é atualmente a liga com os maiores nomes do MMA da América Latina e já é classificada por alguns jornalistas especializados como o maior evento de MMA do Brasil ( apesar dos protestos de alguns dirigentes de organizações rivais ).
Todos os eventos da franquia são transmitidos ao vivo para todo o Brasil pelo Canal Esporte Interativo.

Barreira tem um recorde no Sherdog composto por 15 vitórias e 3 derrotas. Brevemente será anunciada a data e local da sua estréia pelo Áspera FC bem como o seu adversário.

Enquanto isso, Sandro Vieira da Silva, lutador internacional de MMA e K-1, estará retornando as competições sediadas em alguns países dos continentes Europeu e Asiático, onde teve uma ótima passagem no ano passado.

Natural de São José dos Campos-SP, Sandro foi considerado o 4º melhor lutador brasileiro em sua categoria de peso  pela consagrada organização M-1 Global ( originária da Rússia ), é o N° 1 do Ranking da ULLAMP ( Union Latino – americana de Luchadores de Artes Marciales Profesionales ) e também foi o vencedor do premio de atleta do ano pela TVMAC de São Paulo ( Martial Arts Award 2017-Lutador internacional de MMA ).

Sandro, foi ainda considerado por sites e mídia esportivas de vários países como um dos melhores “Strikers” brasileiros da atualidade.

A fama do lutador se justifica. Foram quase 100 lutas de trocação contando Muay Thai e Kickboxing em eventos tais como Desafio Brasil x França, Mundial da UIAMA, Campeonato Panamericano de Thai Kick, Campeonato Sulamericano, Copa São Paulo, Combat Fight Muay Thai e Gigantes do Thai, dentre outros.

Por isso mesmo agora além do MMA e K-1 ele estará lutando também no boxe e em nível Mundial. Nesse ano de 2017 Sandro já tem viagens agendadas para lutar MMA, K-1 e boxe no México, Londres e China, sendo que em 2018 especula-se que ele terá confrontos programados para Las Vegas, Itália, Grécia e Dubai ( Emirados Árabes Unidos ).

Sandro tem um recorde no MMA  de 15 vitórias e 12 derrotas  registrado no Sherdog e como bom funcionário das lutas ainda almeja participar de alguma das próximas etapas do Circuito Nordestino de K-1.

O adversário de Sandro no último Araça Fight, Marcelo Barreira também deveria ter participado da mais recente edição do Circuito Nordestino de K-1 em Mauriti-CE , mas acabou ficando de fora do evento devido à uma lesão adquirida na luta em Araçariguama-SP.

Marcelo Barreira e Sandro vieira são atletas profissionais : lutam sob pagamento de bolsa em dinheiro e viajam com cobertura de despesas de transporte e estadia. 

*Texto do Colaborador Oriosvaldo Costa

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Enquanto Marcelo Barreira comemora a assinatura do contrato para lutar no Áspera FC ( abaixo ) aqui no Brasil, Sandro Vieira se prepara para lutar MMA,  K-1 e boxe em outros países ( acima ). Vieira foi considerado um dos “strikers” mais perigosos do Brasil pela mídia especializada da Europa e da Ásia.




quarta-feira, 9 de agosto de 2017

Exclusivo : Sifu Marcelo Florentino é o novo representante de mestre Gorden Lu no Brasil



Um dos mais respeitados praticantes de Kung Fu do Brasil, Marcelo Florentino iniciou a sua prática aos 9 anos de idade nos estilos Tai San, Fei Hok Pay e Fan Seng. Posteriormente ele passou à treinar Wing Chun com mestre Li Hon Ki.

Marcelo também treinou na China, onde se aperfeiçoou no Applied Wing Chun com mestre Duncan Leung ( fundador da Applied Wing Chun e mestre de seu mestre ).

Após um período sem tomar aulas com nenhum outro mestre, Marcelo viajou para Virginia Beach, nos EUA, onde treinou Wing Chun com Sifu Gorden Lu, no ano passado.

Recentemente ele promoveu um seminário internacional com Sifu Gorden na sede nacional da sua escola, a AWCA ( Associação de Wing Chun Aplicado ), em São Paulo, nos dias nos dias 3 e 4 de junho deste ano.

Gorden Lu é filho de grão mestre Lo Man Kan, este um sobrinho carnal de Yip Man, portanto Gorden é sobrinho-neto do patriarca do sistema Wing Chun. 
Como era costume entre Lo Man Kan e Duncan Leung  enviarem estudantes para estudar um com o outro no passado, Gorden passou 2 anos inteiros morando com Duncan e portanto também aprendeu seu método, tornando-se um especialista nos métodos da “Short Bridge” ( luta a curta distancia ) e “Long Bridge” (  luta a longa distancia ). 
Este é o seu diferencial em comparação a maioria dos mestres da atualidade, que só ensinam ou enfatizam um único método ( “short” ou “long” ).

Gorden também aprendeu a ensinar seguindo o currículo da própria escola de Yip Man, e assim sendo  seus alunos têm acesso a essa abordagem mais flexível, aprendendo a associar estes dois métodos na hora luta.

Nessa entrevista exclusiva, Marcelo Florentino nos fala sobre o seu inicio no sistema Wing Chun, sua viagem à China, seu encontro com Gorden e por que o adotou como Sifu, além de abordar outros temas, como a politica das federações nas artes marciais chinesas, entre outros assuntos.

Confira : 

1.       Sifu Florentino, você apareceu para a comunidade de Wing Chun do Brasil como um representante do mestre Li Hon Ki nesse sistema de Kung Fu, Como você chegou até ele e qual o diferencial da linha dele para aquelas que você praticou anteriormente?
R.      Essa é uma história interessante. Um dia, eu tentei me juntar à Federação Brasileira de Kung Fu e o diretor me disse que meu Sifu não era reconhecido pela China como um mestre do Wing Chun (o que me deixou muito, muito chateado), mas ele me informou sobre a chegada de um Autêntico mestre Wing Chun... Este era Li Hon Ki. Assim que ele chegou, estava eu lá, batendo a sua porta. Basicamente, tudo era diferente, desde conceitos a técnicas.
2.       Depois disso seu mestre mudou para a linhagem de Duncan Leung. Foi difícil se alinhar ao Applied Wing Chun?
R.      No começo, "sim", porque faltavam os principais conceitos. A antiga linhagem de LHK costumava parecer muito fraca em relação a lutas reais.
3.        Depois, você treinou com o próprio mestre Duncan na China. Poderia falar para os nossos leitores sobre essa experiência?
R.      Claro! Sikung Duncan foi muito gentil quando cheguei à China. Ele passou muitas horas falando comigo sobre suas experiências em Wing Chun e sobre sua relação com seu Sifu Yip Man, além disso, como o Wing Chun é um sistema com muitas estratégias para o combate, aprendi com ele uma maneira específica de lutar contra os boxeadores tailandeses, e, esta foi uma experiência muito importante para mim.
4.       O que você acha ser a principal diferença na linhagem de Duncan Leung e, o que mais te encantou nela?
R.      Em relação às linhagens que eu pratiquei, a principal diferença é que as técnicas podem realmente ser aplicadas em lutas reais. E eu me encantei com a forma como se realizam as apresentações públicas. O que eu sempre vejo nas demonstrações de Wing Chun é o aluno lançando um soco e depois, tornando-se uma estátua para o seu Sifu realizar o contra-ataque, e isso é totalmente falso. A maioria das técnicas de WC que vejo só funcionará nesse tipo de situação. Em Applied Wing Chun as apresentações são realmente realizadas como lutas reais.
5.       Agora você irá representar o Grande Mestre Gorden Lu. Como chegou ate ele? Houve alguma dificuldade para se filiar, haja vista as brigas e política envolvendo o Applied Wing Chun com alguns até mesmo tentando transformar essa linhagem em uma franquia?
R.      Por muitos anos, Sifu Gorden foi meu amigo virtual. Às vezes eu conversava com ele sobre a possibilidade de sua vinda ao Brasil para realizar um seminário com meus alunos, mas, devido à sua agenda ocupada, isso atrasou um pouco. Um dia, eu decidi visitar sua escola em Virginia Beach - EUA. Foi aí, que eu pude pessoalmente abrir meu coração e dize-lhe meus reais objetivos relacionados ao Wing Chun, então, pudemos acertar uma data para o meu treinamento, bem como, para um seminário com meus alunos.
6.       Fale para nossos leitores sobre a experiência do mestre Gorden Lu nas artes marciais e, em particular, no Wing Chun:
R.      Sifu Gorden Lu é sobrinho-neto do Patriarca Yip Man, sendo o primeiro da família consangüínea do Grande Mestre a realizar um seminário no Brasil. Depois de completar todo o sistema com seu pai, o renomado mestre Lo Man Kan (um dos primeiros alunos e sobrinho de Yip Man) viajou para os EUA para treinar com o mestre Duncan Leung (fundador do Applied Wing Chun) com quem ele também fechou o Sistema, aprendendo a sua especialidade: as técnicas de "Long Bridge". Sifu Lu hoje se dedica a ensinar o Wing Chun na sua forma mais pura e não adulterada. Tendo treinado sob a tutela desses dois grandes mestres, ambos reconhecidos mundialmente pelo conhecimento da arte, ele ganhou uma compreensão holística do sistema, além disso, mestre Gorden também aprendeu a ensinar seguindo o currículo da própria escola de Yip Man, e este é o seu diferencial. Alem do mais, Sifu Gorden foi 3 vezes “medalha de ouro” em tênis de mesa enquanto estudava na faculdade de Taiwan, mais tarde, juntou-se à equipe de artes marciais do exército taiwanês e a equipe de esportes enquanto estava no serviço militar, além de ensinar táticas de defesa pessoal na academia de polícia. Hoje, tem mais de 9 anos de experiência como policial nos EUA. Assim, todas estas habilidades de ensino e treinamento esportivo, militar e policial o levaram a ter uma didática de ensino especial e exclusiva com o Wing Chun. Muito do que ensina é baseado na ciência do esporte e em técnicas modernas de treinamento, que combina com o método de treinamento de Wing Chun que recebeu de ambos consagrados mestres. Após muitos anos, sua metodologia de ensino já beneficiou centenas de pessoas em todo o mundo.
7.       Ouvimos comentários sobre a International Applied Wing Chun. Como você vê essa entidade e qual será sua posição em relação a ela?
R.      Vejo a IAWCF como uma federação nova. Está fazendo um bom trabalho expandindo o WC do Sikung Duncan Leung ao redor do mundo. Claro, como nova, tem coisas para melhorar, mas há muitas pessoas boas lá, algumas, amigas pessoais, que trabalham para tornar esta federação melhor e melhor com o passar do tempo.
 Acho que sua última pergunta foi em relação à AWC do Brasil. Bem, hoje em dia, sigo meu caminho e ela segue o dela. O sol brilha sobre todos, assim, acredito que ambos podemos promover o nosso WC de forma pacífica.
8.       Como o seu trabalho será desenvolvido a partir de agora, nesta nova fase que começa em sua vida?
R.      De minha própria experiência com o Wing Chun ao longo de todos estes anos, posso dizer que nunca vi um mestre chinês ensinado como Sifu Gorden. Ele é totalmente preocupado, não só com a forma como seus representantes aprendem, mas também, na maneira como aprendem para ensinar. Em outras palavras, ele ensina seus representantes como ensinar, seguindo a maneira original que Yip Man transmitiu ao seu primeiro grupo WC. Ele também me disse... "Florentino, como um Sifu, você já conhece todas as técnicas que o Wing Chun tem, mas, você precisa lapidá-las". E eu digo a verdade, durante mais de 30 anos treinando e ensinando WC, pensava ter visto tudo o que o sistema poderia mostrar a um praticante, mas agora percebi que ainda tenho coisas para aprender. Por exemplo:
                                                          1º.      Aprender a maneira dele de ensinar, para que eu também possa ensinar aos alunos de todas as linhagens de Wing Chun sem qualquer preconceito;
                                                          2º.      Aprender com a parte "Arte" deste sistema de “Arte Marcial”, para que os alunos possam entender facilmente e depois, tenham suas próprias bases para desenvolverem seus próprios estilos de luta.
                                                          3º.      Duncan Leung como lutador de rua tornou-se um especialista em “Long Bridge”, que significa: Luta à distância aberta (enfatiza o poder da extensão e do ombro para criar um alcance maior e um poder explosivo). Lo Man Kan é um especialista em Short Bridge, que significa: Luta de alcance próximo (enfatiza o poder do cotovelo, continuidade rápida com pressão de aperto). Como parente consangüíneo da família Yip Man, a responsabilidade do mestre Gorden não foi apenas a de ter aprendido o sistema. Ele também tem o dever de desenvolver e promover a arte. É por isso que quando ele aprendeu com seu pai e seu tio kung fu - Duncan Leung, eles também lhe ensinaram a treinar os alunos em ambas as especialidades, no que ele hoje, consegue fazer a ligação entre todas as técnicas, para encontrar um total equilíbrio. De forma similar, pretendo atualizar meus alunos neste novo e surpreendente conceito de aprendizado.
9.       Devido a problemas internos, alguns professores se tornaram dissidentes do Applied Wing Chun no passado. O que você diria para aqueles que adoram degradar o trabalho de outros que seguiram um caminho diferente, mas, sempre buscando o mesmo objetivo?
R.      Nada! Eu simplesmente não me importo com esse tipo de pessoa, pois acredito na regra universal que diz: "tudo o que você jogar no universo, ciclicamente voltará para você. Não importa se bom ou ruim... votará!".
10.   Depois de tantos anos praticando Wing Chun, quais são as principais diferenças entre as linhagens que você passou?
R.      Agora, depois de treinar com Sifu Gorden, entendi as principais diferenças entre as linhagens que passei:
                                                          1º.      Devido ao espaço da escola de Yip Man ser pequeno e ele ter ficado doente, passou mais tempo ensinando Chi Sao e Short Bridge (por ser uma maneira tranqüila de ensinar), por isso, a maioria dos alunos daquele período de sua vida apenas aprenderam esse método. Entretanto, com base no Wing Chun de Yip Man, ele costumava dizer que o Chi Sao é o coração do Wing Chun.
                                                          2º.      Baseado em meu entendimento, alguns estudantes de Yip Man que aprenderam mais tarde não compreenderam os conceitos corretos porque Yip Man estava cansado de ensinar pessoas que não estavam preocupadas com ele como a um verdadeiro Sifu (pai), costumavam não respeitar a arte ou não estavam realmente seguindo suas instruções de ensino, por isso, às vezes Yip Man simplesmente não dedicava a devida atenção a estes estudantes, e seus erros tornaram-se suas próprias auto-interpretações (ou más-interpretações). Estudantes de Hong Kong tinham uma forte cultura capitalista da Grã-Bretanha e costumavam não se importar muito com os antigos costumes chineses.
                                                          3º.      Por eu ter aprendido apenas "Short Bridge" e, mais tarde, apenas "Long Bridge" estava ficando uma lacuna em minhas técnicas de Wing Chun. Sifu Gorden está me ensinando como equilibrar e relacioná-las de uma maneira única para melhor me expressar em lutas reais. Então, agora eu sinto que esta sistemática poderá fazer o meu próprio estilo de Wing Chun completo.
11.   Finalmente, esse espaço é seu. Deixe sua mensagem aos nossos leitores e, em particular, aos praticantes de Wing Chun, independentemente das linhagens, sem esquecer seus próprios estudantes, familiares e amigos. Este momento é seu...
R.      Primeiro, quero agradecer ao Sifu Gorden Lu a oportunidade de tornar-me seu novo aprendiz e agradecer aos meus leais estudantes que sempre me acreditaram e me apoiaram em todos os momentos; Agradeço também, o convite desta revista, que me proporcionou a oportunidade de compartilhar com as pessoas, esta minha nova experiência com o Wing Chun. Vejo aqui no Brasil, uma batalha incessante pela afirmação de qual linhagem é a melhor. Eu acho que mais importante do que ser a melhor linhagem é entender o que realmente faz uma linhagem melhor. Só depois de entender isso, e superar o próprio ego, o verdadeiro praticante encontrará satisfação e paz em sua arte.
* Contribuíção do escritor sénior do GPG, Oriosvaldo Costa, "Mr. Kung Fu".


English Version :


1-      Sifu Florentino, in 1992 you showed up to the Brazilian Wing Chun community as a representative of master Li Hon Ki in this Kung Fu system, how did you get him and what was the differential of his lineage to those that you've practiced previously?
A.      -That's an interesting story. One day, I tried to join the Brazilian Kung Fu Federation and the director said me that my Sifu was not recognized by china as a Wing Chun master (what let me very, very down), but, he advised me about the coming of an authentic Wing Chun master... he was Li Hon Ki. As soon as he got here, I was there, knocking on his door. Basically everything was different, since concepts to techniques.
2-      After that your master changed to the lineage of Duncan Leung. Was it difficult to line up with Applied Wing Chun?
A.      At the very beginning "yes", because the main concepts were missing. The old LHK lineage used to seems very weak concerning to real fights.
3-      Then you trained with Duncan himself in China. Could you tell our readers about this experience?
A.      Of course! Sigung Duncan was very kind when I got china. He spent many hours talking to me about his wing chun experiences and relation with his Sifu Yip Man, moreover, as Wing Chun has many styles of fighting, I’ve learned with him a specific way to fight against Thai Boxers, which was a very nice experience for me.
4-      What do you think is the main difference in Duncan Leung's lineage and, what you loved most on it?
A.      I'll talk about the lineages I've practiced: The main difference is the techniques can really be applied in real fights. And I loved most the way we perform public presentations. What I always see in Wing Chun presentations is the student throwing a punch and after, becoming himself a statue for his Sifu to perform the counter attack, and this is totally fake. Most of those WC techniques I see will only work on these kinds of situations. In Applied Wing Chun presentations are really performed as real fights.
5-      Now, you are starting training with Sifu Gorden Lu. How did you get close to him? Was there any trouble for you to join him, because of the politics and disputes surrounding Applied Wing Chun?
A.      For many years Sifu Gorden has been my virtual friend. Sometimes I talked to him about the possibility of his coming to Brazil to hold a seminar, but, due to his busy schedule, this delayed a bit. One day I decided to go for visiting his school in Virginia Beach. At there, I could personally open my heart to him and say my real aims related to Wing Chun, then, we could set up a date for my training and for a seminar to my students.
6-      Speak to our readers about the experience of Master Gorden Lu in the martial arts and in particular in Wing Chun:
B.      Sifu Gorden Lu is the grand nephew of the Patriarch Yip Man, being the first from the Grand Master's consanguineous family to hold a seminar in Brazil. After completing the whole system with his father, the renowned master Lo Man Kan (one of Yip Man's first students and nephew) he traveled to the USA to train with master Duncan Leung (founder of Applied Wing Chun) with whom he also closed the System, learning his specialty: the techniques of "Long Bridge”. Sifu Lu today is dedicated of teaching Wing Chun in its purest and unadulterated form. Having trained under the tutelage of these two great masters, both worldwide recognized by the knowledge of the art, he gained a holistic understanding of the system, besides that, master Gorden also learned how to teach by following the curriculum of Yip Man's own school, and this is his differential. Sifu Gorden was 3 times gold medals for college table tennis while he study college in Taiwan, later he joined Taiwanese Army martial art team and sports team while he was in the service, plus his police defensive tactics teaching at Taiwanese Police College , and over 9 years police experience in US, all those teaching and training skills from sports, military and law enforcement led him to have special and unique Wing Chun training method and system at his classes. A lot of his teaching method are base on sport science, modern time training methods and combine with Wing Chun training he received from both masters. After many years, his training method and system already benefit hundreds of people all over the world.
7-      We heard comments about the International Applied Wing Chun. How do you see this entity and what will be your position regarding this entity?
A.      I see the IAWCF as a new federation. It’s doing a very good job spreading Sigung Duncan’s WC all around the world. Of course, as new, it has things to get better, but, there are many good people there working to make this federation better and better as time goes by. I think your last question is regarding to Brazilian AWC. Well, Nowadays, I follow my path and AWCB follow its path. The sun shines over everybody, thus, I believe we both can run our WC peacefully.
8-      How will your work be developed from now on, in this new phase that begins in your life?
A.      By my own Wing Chun experiences I can say that I´ve never seen a Chinese master teaching like Sifu Gorden use to. He's totally concerned, not only about the way his representatives learn but also, the way they learn to teach. In other words, he teaches his representatives how to teach, following the original way Yip Man's taught his first WC group. He also said... "Florentino, as a Sifu, you already know all the techniques Wing Chun has but, you need to clear up them". And I tell you the truth, over more than 30 years training and teaching WC, I thought I'd seen all that the system could show to a man, but now, I realized that I still have things to learn. For instance:
                                                          1º.            Learn his way of teaching, so that I can also teach students of all Wing Chun lineages without any prejudice;
                                                          2º.            Learn from the "Art" part of this "Martial Art" system, so that, students can easily understand and then, have their own basis for developing their own fighting styles.
                                                          3º.            Duncan Leung as a street fighter became an expert in Long Bridge, what means: open distance fight (emphasize power from extend and shoulder to create longer reach and overwhelming power).Lo Man Kan is an expert in Short Bridge, what means: close range fight (emphasize elbow power, quick follow-up with push in pressure). As part of Yip Man family member, Sifu Gorden's responsibility was not just having learned the system. He also carries a duty to develop and promote this art. That is why when he’s learned from his father and his kung fu uncle Duncan Leung, they also taught him how to teach and train the students in both styles, linking all the techniques to find a total balance. Thus, I intend to update my students in this new amazing learning concept.
9-      Due to internal issues some teachers have become dissidents of Applied Wing Chun in the past. What would you say to those who love to demean the work of others who have followed a different path, but always seeking the same goal?
A.      Nothing! I just don't care for these kinds of people, because I believe in the universe rule that says: "everything you throw through the universe cyclically will come back to you; it doesn't matter if it's good or bad… it will come back".
10-   After so many years practicing Wing Chun, what are the main differences among the lineages you've passed by?
A.      Now, after being training with Sifu Gorden, I understood the main differences among the lineages I've passed by:
                                                          1º.            Due to the Yip Man school space is not too big and later time he was ill. He spent more time on teaching Chi Sao and Short Bridge, what was easier to him to teach, because of that, most students at that period of his life just learned this method. However, based on Yip Man Wing Chun, he said Chi Sao is the heart of Wing Chun.
                                                          2º.            Based from what I understand, some students of Yip Man who have learned later didn't understand the right concepts because Yip Man was tired to teach people who were not concerned with him as a real Sifu (father), used not to respect this art or was not really following his teaching instructions, because of that, sometimes Yip Man just not put too much attention to the students like thatand their mistakes, became their own self interpretation (or misinterpretation). Students from Hong Kong had a strong Britain capitalist culture, and used not to care much for old Chinese customs.
                                                          3º.            To have learned just "short bridge" and later on just "long bridge" was leaving a gap in my WC techniques. Sifu Gorden is teaching me how to balance and link together with them into a unique way to express myself into real fights. So, now I feel this can make my own style of Wing Chun complete.
11-   Finally, this space is yours. Leave your message to our readers and in particular Wing Chun practitioners, regardless of lineages, not forgetting your own students, family and friends. This moment is yours...
A.      First of all, I want to thank my Sifu Gorden Lu the opportunity of being his new student, and thank my own loyal students who always believed and supported me in all moments;  I’m grateful for the invitation of this magazine which allowed me the opportunity to share with people my new experience in Wing Chun. I see here in Brazil an incessant battle for the affirmation "my lineage is the best." I think that more important than being the best lineage is to understand what really makes a lineage better. It is only after understanding this, and overcoming one's own ego, the real practitioner will find satisfaction and peace in his/her art.
*Contributed by Senior GPG Writer, Oriosvaldo Costa, “Mr Kung Fu.”