sábado, 29 de dezembro de 2018

Tatsuya Mizuno vence Ryuta Sakurai no DEEP 87 Impact realizado em Tóquio, Japão



No sábado passado, dia 22 de dezembro, o DEEP retornou ao famoso Korakuen Hall em Tóquio, Japão, para o DEEP 87 Impact.
O show  que comemorava os 15 anos de existência do DEEP mostrou alguns dos seus melhores talentos, como a lenda do MMA japonês Ryuta Sakurai contra o também veterano Tatsuya Mizuno no ‘main event’ ( evento principal ) da noite.

Ryuta Sakurai, que iniciou a sua carreira profissional no MMA em 1996 ( no Lumax Cup - Tournament of J’96 ) teve algum sucesso no round inicial diante de Tatsuya Mizuno ( ex-Dream, ONE, Road FC e atual campeão do peso médio do DEEP ).
Sakurai, que tem um registro Profissional no MMA composto por 25-24 e é conhecido pela alcunha de “Mr.DEEP”, desferiu uma ‘trocação’ pesada até derrubar o seu adversário e permanecer na lateral e na meia-guarda por boa parte do primeiro período.
Mas Mizuno acabou vencendo com uma finalização por mata-leão no segundo round.

No ‘co-main event’ Takafumi Otsuka teve pela frente Seiji Akao, que é o campeão de sua categoria de peso no evento HEAT FC. Otuka, que é um dos melhores wrestlers da divisão dos galos, acabou vencendo por decisão majoritária dos juízes.

Antes disso, Koichi Ishizuka disputou três rounds com o duro DJ.taiki, onde os dois se revezaram golpeando um ao outro. No final, DJ acabou vencendo por decisão unânime dos juízes, que justificaram a preferência pelo representante do Pancrase, uma vez que este conectou golpes mais limpos em uma luta muito equilibrada.

Já Juri Ohara e Tatsunao Nagakura proporcionavam um confronto clássico de estilos na categoria leve, até que o médico foi forçado a intervir e parar a luta devido a um corte na testa de um claramente decepcionado Nagakura, já na metade do primeiro round.

Dae Seung Baek veio da Coréia para cair diante de Yoichiro Sato, graças à um TKO desferido por Sato aos 0'27 ” do primeiro round.

Yamato Fujita também foi rápido ao liquidar o seu oponente Hidemasa Soga. Após reverter uma tentativa de queda, Fujita acabou encaixando um mata-leão a 1:50 do primeiro round.

O único empate da noite foi provavelmente um resultado justo, para Tomohiro Adaniya e Chikara Shimabukuro, após tentativas de finalização frustradas de ambas as partes.

Na segunda luta da noite, Naoto Miyazaki atacou Yoshihiko Shinzato com chutes antes de receber uma queda prematura e adicionar um severo ‘ground and pound’ para “abrir o caminho” e finalizar com um mata-leão a 1:29 do primeiro round.

Confira abaixo os resultados completos do DEEP 87 Impact :

DEEP 87 IMPACT
22 de dezembro de 2018
Korakuen Hall
Tóquio, Japão

1ª luta ( Peso pena : 2R x 5min )
Ryuji Takashio ( KIBA Martial Arts Club ) VS Yoshihiro Sasaki ( TRI FORCE Akasaka )
Takashio venceu por TKO aos 4'52 ” do 2R.

2ª Luta ( Peso Leve : 2R x 5min )
Naoto Miyazaki ( Sogo Kakutogi Tsudanuma Dojo ) VS Yoshihiko Niizato ( Freelancer )
Miyazaki venceu por estrangulamento ( mata-leão ) aos 1'29 ” do 1R.

3ª Luta ( Peso Mosca : 2R x 5min )
Tomohiro Adaniya ( Sogo Kakutogi Dojo Toh-shin ) x Chikara Shimabukuro ( CORE Ouji Toshima )
Empate por 1-0 / Decisão.

4ª Luta ( Peso Mosca : 2R x 5min )
Hidemasa Soga ( ALLIANCE ) VS Yamato Fujita ( Reversal Shinjyuku Me,We )
Fujita venceu com um mata-leão aos 1'52 ” do 1R.

5ª Luta ( Peso Galo : 3R x 5min )
Toshiaki Kitada ( PANCRASEism Yokohama ) VS Rikuto “DARK” Shirakawa ( Kokorozashi Dojo )
Shirakawa venceu por 3-0 / Decisão.

6ª luta ( Peso-Meio-Médio : 3R x 5min )
Yoichiro Sato ( KATANA GYM ) VS Dae Seung Baek ( TEAM HON )
Sato venceu por TKO aos 0'27 ” do 1R.

7ª Luta ( Peso Leve : 3R x 5min )
Tatsunao Nagakura ( Yoshida Dojo ) VS Jyuri Ohara ( KIBA Martial Arts Club )
Ohara venceu por TKO aos 2'02 ” do 1R. ( interrupção médica )

8ª Luta ( Abaixo de 63.0kg : 3R x 5min )
DJ.taiki ( PANCRASEism Yokohama ) VS Koichi Ishitsuka ( Freelancer )
DJ.taiki venceu por 3-0 / Decisão.

9º Luta ( Peso Galo : 3R x 5min )
Takafumi Otsuka ( T Grip Tokyo ) VS Seiji Akao ( PARAESTRA Higashi-Osaka )
Otsuka venceu por 3-0 / Decisão.

10ª Luta ( Peso Médio : 3R x 5min )
Tatsuya Mizuno ( Freelancer ) VS Ryuta Sakurai ( R-BLOOD )
Mizuno venceu por mata-leão aos 2'53 ” do 2R.

[ N.E.: o termo “Freelancer” se refere à um lutador autônomo, independente, que não representa nenhuma equipe em suas lutas profissionais ].

*Texto do colaborador Oriosvaldo Costa. | Escrito em 29/12/2018
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Foto acima : O ‘poster’ oficial de divulgação do Deep 87 Impact. O show aconteceu no dia 22 de dezembro no famoso Korakuen Hall ( Cortesia Deep Fighting Championship ).

Abaixo : Ryuta Sakurai, o “Mr.DEEP” é um dos principais do MMA japonês ( Cortesia : Divulgação ).


sexta-feira, 28 de dezembro de 2018

Rivalidade entre K-1, RISE e Shoot Boxing beneficia os shows de lutas no Japão



Segundo os especialistas, o futuro do MMA e principalmente do Kickboxing e do Muay Thai está na Ásia, e não nos EUA, país onde os shows de lutas teriam sido uma “moda passageira”.
E entre os países do continente asiático, o Japão está iniciando uma nova fase, com os eventos de lutas conquistando à cada dia o público jovem.
Um público que nunca ouviu falar de Wanderlei Silva ou Fedor, mas que conhece Conor Mcgregor e Jon Jones, e que desejam ver lutas de Nasukawa, Takeru ou Horiguchi.
Pois assim que o Pride FC faliu, seus ídolos acabaram caindo no esquecimento e a nova geração cresceu sem saber o que foi o Pride.

Esse novo público - composto por pessoas que não vivenciaram o auge do Pride e do K-1, outrora o maior evento de ‘trocação’ do planeta - começa à demonstrar interesse pela modalidade, pois o MMA nunca acabou no Japão, uma vez que outros eventos menores continuaram sendo promovidos ( além de outros surgiram ), longe da TV aberta, principalmente em canais fechados.

A quantidade de eventos ( muito bem organizados, diga-se de passagem ) e programas relativos à lutas no Japão é enorme.
Os japoneses sabem muito bem como organizar um show gigantesco, do tipo que o Rizin FF claramente representa e que - segundo a mídia especializada do país - é muito maior que qualquer evento de UFC.
Ainda segundo os jornalistas japoneses, “quase ninguém” liga para o UFC no Japão, apesar dos shows de lutas em geral já fazerem parte da cultura do país.

De fato, não há como negar que a intenção dos cartolas é promover um evento voltado para o público japonês, pois é preciso -  primeiro -  ‘reaquecer’  o mercado interno.
Assim sendo, o mundo das lutas está ganhando muita força no Japão novamente, principalmente entre os jovens da nova geração, adeptos das redes sociais e graças ao grande investimento das TV’s por internet, que estão investindo muito nas lutas novamente.
O K-1 e o ONE Championship, por exemplo, são transmitidos ‘ao vivo’ e de graça pela Abematv.

O que falta para um evento como o Rizin FF ser tão grande quanto o Pride foi em sua  “época dourada” é se reaproximar de um dos ‘pais’ do extinto evento, que foi o Pro-Wrestling japonês, pois este que nunca perdeu força no país.
[ N.E.: o Pro-Wrestling é conhecido por nós, brasileiros, como ‘Telectach’ ou simplesmente “Luta Livre” ].

A aproximação com eventos de Kickboxing eles já tem e essa é benéfica para o crescimento dos shows de lutas como um todo, pois ninguém pode negar que a rivalidade entre as maiores franquias de ‘trocação’ da Terra do Sol Nascente está servindo para sedimentar o mercado do país.

Com o ‘status’ de segunda maior franquia de Kickboxing do Japão, o RISE é o rival do K-1 entre os shows de ‘trocação’. O RISE também tem como aliado o Rizin FF, o já citado show de Nobuyuki Sakakibara e que também foi aliado do K-1, mas hoje em dia, ambos ( Rizin e K-1 )  mantêm um  péssimo relacionamento.

A rivalidade teve início com a tentativa do K-1 de tirar Nasukawa do rival RISE, como uma das exigências para que ele pudesse lutar contra Takeru ( do K-1 ) outro fenômeno do kickboxing no Japão.

Tudo piorou após a ida de Taiga e seu irmão Hiroya para o RISE. Taiga e Hiroya, são dois dos melhores lutadores do K-1 e que foram à  justiça ( contra o próprio K-1 ) por irregularidades no contrato. E após ser contratado pelo RISE, Taiga já estreou no Rizin , por serem franquias aliadas.

Na semana passada essa rivalidade ganhou mais um capítulo, com a divulgação por parte do RISE de um grande evento no formato de GP com os melhores lutadores de diversas franquias de “luta em pé” do mundo e com a participação de Nasukawa. Esse show do RISE está agendado para o dia 10 de março de 2019, ou seja, exatamente no mesmo dia e região do maior evento anual do K-1, o K-1 Fest 2019, com a participação de Takeru.

Assim sendo, a luta mais aguardada e desejada pelos fãs japoneses ( Nasukawa vs Takeru ) fica cada vez mais distante, apesar de Takeru ter defendido o seu cinturão no início do mês.
Após aquela vitória, Takeru foi ao microfone e pediu novamente uma luta contra Nasukawa, no peso que ele quiser. Na ocasião, Takeru também pediu um acordo entre as franquias de luta, para que esse confronto seja realizado e eles possam mostrar aos fãs quem é, de fato, o maior nome do Kickboxing no Japão.

Outra franquia de ‘trocação’ que entra nessa disputa pela atenção dos fãs das “lutas em pé” no país -  embora sem declarar “guerra” aos rivais - é o Shoot Boxing.
Lembrando que o Shoot Boxing ainda mantêm uma boa convivência com o Rizin FF, aliado do RISE.

O Shoot Boxing possui um conjunto de regras diferenciadas e é conhecido no Japão como “Standing Vale Tudo” ( ou ‘Vale Tudo em pé’, na tradução para o português ). Não é permitido lutar no chão, mas em cima são válidos socos, chutes, joelhadas, cotoveladas, quedas e submissões ( Chokeholds, Arm- locks e Wristilocks ). Mas não é permitido lutar no chão.

O primeiro evento do Shoot Boxing programado para o próximo ano está agendado para o dia 11 de fevereiro ( segunda-feira, um feriado na Terra do Sol Nascente ) e terá lugar no famoso Korakuen Hall, em Tóquio, no Japão.

Esse ano, o Shoot Boxing iniciou uma expansão internacional com a promoção de seus shows na Mongólia e a consequente fundação da “Mongolian Shoot Boxing Federation”, para legitimar a modalidade naquele país.

Os fãs brasileiros de lutas também sonham com o dia em que os shows do Shoot Boxing sejam promovidos em nosso país.

*Fonte - Créditos : Colaborador Oriosvaldo Costa | Postado em 28/12/2018
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Foto acima : O “K-1 World GP 2019 JAPAN ~ K'FESTA.2” será realizado dia 10 de março de 2019 ( domingo ) e terá lugar na Saitama Super Arena, em Saitama, no Japão ( Cortesia : K-1 Japan Group ).

Abaixo : O RISE também irá promover um show no mesmo dia e região do maior evento anual do K-1 ( Cortesia: Divulgação ).


quinta-feira, 27 de dezembro de 2018

Novidades do One Championship para o Japão e demais países da Ásia



Faltam ainda mais de três meses para a estreia do One Championship na Terra do Sol Nascente, uma vez que o evento está marcado para o dia 31 de março de 2019, na arena Ryogoku Kokugikan, em Tóquio, no Japão, mas as novidades acerca do show no país nipônico atravessam o mundo.

Hideyuki ‘Andy’ Hata foi nomeado Presidente do One Championship no Japão. Andy será responsável por supervisionar as operações no Japão, impulsionando o desenvolvimento e o crescimento em todas as principais métricas.

Hata é atualmente o presidente da Nielsen Sports, no norte da Ásia, onde é responsável por todas as atividades de negócios da Nielsen Sports no Japão, na Coréia do Sul e na China continental.

Antes, Andy liderou vários projetos globais com a Sony Corporation e fez parte da equipe de parceria global da Sony com a FIFA, onde liderou sua estratégia de ativação global para todos os torneios promovidos por esta, incluindo a Copa do Mundo de Futebol em 2010.

O presidente e CEO do One Championship, Chatri Sityodtong, comentou sobre a nova aquisição : -“Estou muito feliz em dar as boas vindas a Andy Hata ao nosso time de liderança no One Championship. Andy é um líder de negócios de classe mundial com uma profunda paixão por esportes e um desejo de causar um grande impacto no mundo das artes marciais mistas.”- Declarou  o dirigente.

Famoso no Japão, Renzo Gracie é outra aquisição da franquia. Ele irá representar a família Gracie - o maior clã de lutadores da história - na edição inaugural do One Championship naquele país.

Renzo voltou a competir no MMA em julho deste ano, aos 51 anos de idade,e nesse seu retorno ao octógono - após oito anos afastado - acabou finalizando Yuki Kondo com uma das suas especialidades, o ‘mata-leão’.

-“Eu assinei com eles ( One Championship ), vou lutar dia 31 de março. (…)  Eu arrumei uma luta para mim e para o ( meu irmão ) Ralph. Lutaremos juntos lá. (…) Então, vou sair na porrada em março (…)”.-Revelou o carioca radicado em New York durante uma entrevista concedida ao canal do YouTube ‘Rap 77’.

[ N.E.: os adversários mais cotados para uma luta com Renzo no show de março são Kazushi Sakuraba e Wallid Ismail, mas o último não chegou à um acordo com o One, o que justifica os rumores cada vez maiores dando conta que o Gracie deverá lutar mesmo com Kazushi Sakuraba ].

O evento do One Championship no Japão também terá o confronto entre as campeãs Angela Lee e Xiong Jing Nan pelo título dos palhas femininos.

Outro lutador confirmado Aung La N Sang coloca o cinturão dos médios em disputa contra Ken Hasegawa. Os lutadores já se enfrentaram em junho deste ano e ‘Burmese Python’ levou a melhor.

Já os ex-lutadores do UFC, Demetrious Johnson e Eddie Alvarez, deverão estrear pela promoção asiática na mesma ocasião e terão pela frente Yuya Wakamatsu e Timofey Nastyukhin, respectivamente.

O presidente e CEO do One, Championship Chatri Sityodtong, revelou ainda datas e locais de 24 dos 30 eventos no calendário do One em 2019. A promoção vai realizar dois eventos no Japão, juntamente com os seus eventos de estreia no Vietnã e seu retorno à Coreia do Sul.

O show de estreia no Vietnã será no dia 6 de setembro de 2019, com um evento na cidade de Ho Chi Minh. Já a volta da franquia para a Coreia do Sul está marcada para Seul em 20 de dezembro de 2019.

No entanto, o calendário do One para 2019 terá início bem antes disso, com um show que será realizado no dia 19 de janeiro, em Jakarta, na Indonésia.

Ao longo de sua história, a franquia tem crescido consideravelmente a partir de sua base em Cingapura. Depois do seu início por lá, o One Championship expandiu os seus shows para a Indonésia, Malásia e Filipinas, além de  estrear na China no final de 2014 e se mudar para a Tailândia em 2016.

O crescimento gradual do One nos últimos sete anos foi reafirmado com a agenda de 21 eventos promovidos em 2018 e que se estenderam de Mianmar até a China.

Sityodtong disse ainda que pretende realizar shows na Índia, junto com todos os mercados importantes da Ásia. Ele também espera que o Japão volte à ser o ‘maior pólo de MMA’ do continente asiático como na “época dourada” do extinto Pride FC.

*Texto do colaborador Oriosvaldo Costa. | Escrito em 27/12/2018
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Foto acima : O One Championship espera que o Japão recupere o ‘status’ de ‘maior pólo de MMA’ do continente asiático como na “época dourada” do show Pride FC ( Cortesia : One Championship Media ).

Abaixo : O maior evento de lutas da Ásia,o “One Championship” vai ser realizado no Japão no dia 31 de março de 2019 ( Cortesia : canal do YouTube ‘Alternativa Online’ ).


sexta-feira, 21 de dezembro de 2018

Governador Andrew Cuomo elogia as contribuições do MMA para a economia de Nova Iorque



A receita fiscal estadual gerada pelas lutas profissionais de MMA subiu 707% desde que o estado de Nova Iorque legalizou o esporte das artes marciais mistas. Os números não mentem e mostram a receita saltando de US $ 939.495 ( no período do 1º de setembro de 2014 à 31 de agosto de 2016 ) para US $ 7,6 milhões ( no período de 1º de setembro de 2016 a 31 de agosto de 2018 ), segundo a mídia norte-americana especializada em MMA.

Outras fontes informam que no período de 1º de setembro de 2016 até o final de agosto deste ano, a receita total gerada pelos esportes de combate em Nova Iorque foi de US $ 97.245.574, um aumento de 204,6% em relação ao período anterior de dois anos.

Isso é ótimo para o estado de Nova Iorque em geral, bem como para o governo estadual, que viu as receitas fiscais de esportes de combate saltarem de US $ 939.495 para US $ 7,5 milhões.
O Governador Andrew Cuomo ficou impressionado :

- “A indústria de esportes de combate produziu receitas e atividades econômicas sem precedentes para Nova Iorque desde que legalizamos as artes marciais mistas em nosso estado há dois anos. Esses novos dados falam muito sobre a popularidade desses eventos emocionantes, que dão suporte a centenas de empregos e milhões de dólares em produção econômica”.- Declarou Cuomo.

Nova Iorque cobra imposto sobre as vendas de ingressos, e 3% ou até US $ 50.000 para cada transmissão simultânea das lutas.
A receita total, incluindo vendas de ingressos e a profissionalização da modalidade, mesmo políticos como o Senador John Mc Cain ( falecido recentemente ), que havia desencadeado uma cruzada contra o esporte nos anos 90, responsável pelo banimento do esporte em diversos estados norte-americanos, acabaram mudando de lado. ‘simulcasting’, disparou mais de 200%, de US $ 31,9 milhões para US $ 97,2 milhões.
O número de ingressos vendidos aumentou de 333.529 ( números anteriores à introdução do MMA ) para 530.143 ( após a legalização do esporte no estado ).

Apesar de lamentavelmente atrasado, o reconhecimento do esporte provou ser notavelmente bom para a modalidade, os torcedores e o estado como um todo. Nova Iorque tornou-se o último dos 50 estados dos Estados Unidos a legalizar o MMA em 2016.
No início daquele ano a Assembleia Legislativa de Nova Iorque aprovou a realização de eventos de MMA no estado por 113 votos a 25, com a assinatura do Governador do estado, Andrew Cuomo, autorizando o esporte em definitivo, poucos meses depois.

A regularização pela Comissão Atlética do Estado de Nova York foi apenas uma consequência disso tudo.
Era o fim de uma briga judicial de 19 anos e que terminava bem para o esporte que mais cresce no planeta.
O MMA havia sido proibido em Nova Iorque no ano de 1997 pelo então Governador Geroge Pataki, uma vez que o esporte não era seguro naqueles idos anos como hoje em dia.

Mas com a profissionalização da modalidade, mesmo políticos contrários ao MMA acabaram mudando de lado. Entre estes destacamos o Senador John Mc Cain ( falecido recentemente ), que havia desencadeado uma ‘cruzada’ contra o esporte nos anos 90 e foi o responsável pelo banimento do esporte em diversos estados norte-americanos.
Em seus últimos anos de vida, o republicano citava a segurança do esporte hoje em dia como principal razão da sua mudança de opinião.

A guerra contra outros legisladores para legalizar o MMA começou em 2007. Por oito anos, a emenda nem chegava a votação principal, já que era vetada nas preliminares.
Os irmãos Fertittas ( ainda donos do UFC ) incentivaram seus atletas a fazerem campanhas nas redes sociais durante todo esse período.
O UFC também gastou mais de R$ 7 milhões em  ‘lobby’ para legalizar MMA em Nova Iorque, mas funcionou.

No dia da votação na Assembleia Legislativa de Nova Iorque, mais de 20 atletas do UFC estavam presentes, educando os legisladores, com Chris Weidman e Frankie Edgar sendo os principais interlocutores para legalizar o MMA no estado.
Naquela ocasião, Lorenzo Fertitta agradeceu aos políticos que ajudaram na aprovação da lei tanto os Democratas, quanto os Republicanos.
Scott Coker, presidente do Bellator, também se mostrava satisfeito e declarou que a legalização do MMA em Nova Iorque era um divisor de águas nesse incrível esporte.

Hoje, apenas dois anos após a ‘canetada’ do Governador Andrew Cuomo todos podem ver os benefícios econômicos que o MMA trouxe para o estado como um todo.
Nós que fazemos parte da comunidade mundial do MMA agradecemos aos políticos de mente aberta como o Governador Andrew Cuomo, o presidente ( da Câmara de Nova Iorque ) Heastie, o líder da maioria ( Joe ) Morelle e todos os membros da Assembleia - Democratas e Republicanos - que votaram essa lei.
Graças à vocês estamos felizes e radiantes e podemos, finalmente, sair ‘cantarolando’ o “tema para Nova Iorque”, eternizado na voz de Frank Sinatra : “New York,  New York” ...

*Texto do colaborador Oriosvaldo Costa. | Escrito em 21/12/2018
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Foto acima : Vitória do esporte, da liberdade e da economia : Governador Cuomo ( ao lado de Ronda Rousey ) reconhece que a legalização do MMA em Nova Iorque resultou em enorme ganho de receita para o estado ( Cortesia : Divulgação ).

Abaixo : Miesha Tate, uma das maiores estrelas do MMA feminino lutou na estreia do UFC em Nova Iorque. O octógono do UFC 205 foi montado no Madison Square Garden ( Foto  | Cortesia : Esther Lin, MMA Fighting ).


quinta-feira, 20 de dezembro de 2018

“Boxe sem luvas” chega ao México com Shannon Ritch e outras ‘estrelas’ do MMA



É notório que o esporte que mais cresce no mundo nos dias atuais é o MMA ( sigla em inglês para Mixed Martial Arts ). Contudo, uma modalidade de luta que está em franca ascensão pelo planeta e vem logo na sequência é o “Bare Knuckle Boxing”, que é conhecido por nós como ‘boxe sem luvas’ ou boxe com ‘os punhos nus’, na tradução em português, ou ainda ‘boxe irlandês’ ou ‘prizefighter boxing’ ( segundo outros ) , como preferir.
Os adeptos da modalidade, inclusive, acreditam que o ‘boxe sem luvas’ vai tomar o lugar do MMA com o tempo.

Na esteira do sucesso da modalidade no Reino Unido e nos EUA, agora é a vez do México sediar uma etapa do Bare Knuckle Fighting Championship ( BKFC ), segundo nos informa David Feldman, Presidente e CEO da promoção e ele mesmo um ex-boxeador profissional.
O Bare Knuckle Fighting Championship 4 : EUA VS. México será realizado no dia 2 de Fevereiro e terá lugar no Beto Ávila Stadium, em Cancun, MX.

Representando os EUA teremos Shannon “The Cannon” Ritch, dono de um dos maiores cartéis sancionados de MMA em todo o mundo e um dos lutadores mais ativos na atualidade.
Ele estará enfrentando o mexicano lutador de Kickboxing e também ‘boxer’ profissional Omar Molina.

Shannon, que atualmente mantêm um recorde no MMA composto por 124-94-2 ( embora seu registro no Sherdog aponte apenas 57-84-4 ), também tem um currículo no ‘boxe sem luvas’ que aponta 25-3-0 ( 25 vitórias via ‘KO’ ) nessa modalidade.
Ele foi classificado como o n° 1 no ranking dos EUA e n° 2 no ranking mundial do ‘boxe sem luvas’ pela conceituada revista “Police Gazette”.
Ritch também foi introduzido no “hall da fama” do “Bare Knuckle Boxing” em 2017.

O BKFC 4 : USA vs México estará recheado de “estrelas” e veteranos do UFC, entre estes : Joe Riggs, Julian Lane, Bec Rawlings, Leonard Garcia, só para citar alguns.

Veja como está ‘card’ o até o momento :

*Atenção : o  ‘card’ de lutas está sujeito à alterações.

Bare Knuckle Fighting Championship 4 : USA vs México
2 de fevereiro de 2019 | 19:00 EST –
Beto Ávila Stadium
Cancún, Quintana Roo,
Mexico

Bec Rawlings vs Cecilia Flores
Chris “Lights Out” Lytle vs JC Llamas
Joe “Diesel” Riggs vs Rudo Tovar
Julian Lane vs Leonard Garcia
Joey Beltran vs Tony Lopez 2 (Revanche)
Sam Shewmaker vs Joel Paredes
Tom Shoaff vs Diegio Garigo
Shannon “The Cannon” Ritch vs Omar Molina

Veja as primeiras lutas “gratuitamente” e “ao vivo” na ‘fan page’ do Bare Knuckle Fighting Championship ( @bareknucklefc ) no Facebook, a partir das 19h00 ( horário de Brasília ).
Em seguida, você poderá acompanhar todo o ‘card’ principal do BKFC 4 no sistema de Pay-Per-View pela televisão dos EUA e Canadá.
Os demais países do mundo também poderão acompanhar o show pelos serviços de ‘streaming’.
Ou então, vá até o site www.Bareknuckle.tv para obter maiores detalhes sobre a transmissão pelo sistema de Pay-Per-View e pelos serviços de ‘streaming’.

Os ingressos também estarão disponíveis “online” em www.Bareknuckle.tv

*Texto do colaborador Oriosvaldo Costa. | Escrito em 20/12/2018
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Foto acima : O veterano lutador vai representar os EUA diante do mexicano Omar Molina, dia 2 de Fevereiro, em Cancún ( Cortesia : Divulgação ).

Abaixo : A ainda campeã da divisão feminina do BKFC, Bec Rawlings, também está confirmada no ‘card’ do desafio : USA vs México ( Cortesia : Bare Knuckle Fighting Championship ).




quarta-feira, 19 de dezembro de 2018

MAS Fight e BBQ Beatdown MMA à caminho de Hong Kong



Cidade que é conhecida por ser um dos principais centros financeiros internacionais, Hong Kong deverá receber um conjunto de novos eventos em 2019. Após a derradeira edição do show : Windy Hong Kong ( batizada de ‘The Final Judgement’ ) que foi realizada no dia 13 de Dezembro, o  caminho está aberto para novas promoções se estabelecerem naquela que é uma região administrativa especial da China ( RPC ), mas que desfruta do  mais alto grau de autonomia.
Um destes eventos é o Martialism Square - MAS, também conhecido como MAS Fight,que teve a sua edição edição de estreia no The Venetian, em Macau, no dia 10 de Novembro.

Agora chamado de MAS World Grand Prix, o próximo evento da franquia será realizado em Hong Kong, no sábado, 27 de abril, com um terceiro evento programado para ser realizado,  provavelmente, em Outubro.
Os organizadores estão sendo criativos com sua seleção de locais para a etapa de Hong Kong. Um tradicional restaurante de estilo “dim sum” em Kowloon Bay será convertido em um estádio improvisado para o evento, com música ao vivo e dançarinas brasileiras como parte do espetáculo.
O show contará com transmissão internacional pela Fox Sports Asia enquanto a Chongqing TV transmitirá o evento na China continental.

Em sua edição inaugural o MAS Fight teve como maior destaque a vitória do “monge shaolin” Yi Long sobre seu adversário Choi Hong-Man no primeiro round de nove minutos.
É amplamente esperado que o MAS Fight promova uma terceira luta entre Yi Long e Buakaw Banchamek ( uma verdadeira lenda viva do Muay Thai ) no final de 2019, provavelmente em Bangkok, capital da Tailândia.

O MAS Fight tem um conjunto de regras únicas em que cada luta é disputada em um único round de nove minutos. A vitória só poderá ser obtida por nocaute ou três ‘knockdowns’ ( um ‘knockdown’ acontece quando um lutador é derrubado por um golpe de “trocação”, mas se levanta antes do prazo regulamentar de nocaute ).
Entre as técnicas permitidas estão chutes, socos, joelhos, cotovelos, quedas e submissões permanentes. Apesar de haver - logicamente - um árbitro central. Não há nenhum juiz lateral, portanto, não há nenhum sistema de pontuação.

O outro evento que deverá desembarcar em breve em Hong Kong é o BBQ Beatdown MMA.
Os shows da série BBQ Beatdown MMA acontecem há quase 10 anos em Phuket, na Tailândia, e atualmente também contam com a transmissão da FOX Sports Asia.
Os eventos da franquia são realizados todos os meses e incluem uma mistura de lutas profissionais e amadoras de Muay Thai e MMA, além de serem classificados pela mídia especializada como “um encontro mensal do pessoal da academia Tiger Muay Thai com a comunidade externa, com direito à comidas, bebidas e DJ’s ‘ao vivo’.”

O Tiger Muay Thai é um dos maiores ‘camps’ de treinamento e ginásio de Muay Thai e de artes marciais mistas ( MMA ), localizado em Soi-Tad-Ied, Phuket - a casa de várias academias de Muay Thai e MMA e empresas associadas na Tailândia.

Até mesmo alguns dos principais competidores do Ultimate Fighting Championship ( UFC ) realizam ou já realizaram seus treinamentos na academia Tiger Muay Thai e estes incluem nomes como os de Valentina Shevchenko, Tai Tuivasa, Mark Hunt ( ainda no UFC, à época  ) e Mairbek Taisumov, além de muitos outros.

Além disso, o ringue do evento BBQ Beatdown MMA é o local onde os lutadores promissores podem ter uma experiência de luta vital em suas carreiras.
Para se ter uma ideia, os vídeos com os “Tryouts” dos eventos anteriores ( chamados de Tiger Muay Thai Fight Team Tryouts  ) já se tornaram virais, uma vez que os “fãs da poltrona” gostam de ver os jovens competidores irem ao seu limite ou além deste.

Os principais nomes do Muay Thai e do MMA são escolhidos e premiados como lutadores patrocinados pelo Tiger Muay Thai. Os vencedores dos “Tryouts” anteriores incluem os lutadores do UFC Ben Nguyen e Alexander Volkanovski, o melhor lutador de MMA pela franquia Grigory Popov, além do melhor lutador não-birmanês de Lethwei do mundo, Dave Leduc.

Já no próximo dia 29 de Dezembro será realizada uma festa especial de Ano Novo do  famoso churrasco Beatdown. Será o maior Beatdown do ano, com várias lutas profissionais e amadoras de Muay Thai e MMA, além de lutas nas regras do boxe. Como de praxe, haverá uma festa especial com um  “buffet” de ano novo, bebidas e DJ’s ‘ao vivo’.

Mas é com a sua ida para Hong Kong que a franquia do BBQ Beatdown MMA irá assegurar uma projeção ainda maior no cenário internacional.

*Texto do colaborador Oriosvaldo Costa. | Escrito em 19/12/2018
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Foto acima : O “monge shaolin”  Yi Long passou por seu adversário Choi Hong-Man ao longo dos nove minutos de sua luta no Martialism Square – MAS ( Cortesia : Divulgação MAS Fight ).

Abaixo : Antes de sua ida para Hong Kong, o BBQ Beatdown MMA irá promover mais um show no dia 29 de Dezembro com lutas profissionais e amadoras de Muay Thai e MMA, além de uma festa especial de Ano Novo (  Cortesia : Tiger Muay Thai & MMA Training Camp, Phuket, Thailand ).


terça-feira, 18 de dezembro de 2018

Tribunal Federal diz que proibição do ‘nunchaku’ em Nova York é inconstitucional



[ Nova York, USA ] - Um Tribunal Federal de Nova York concluiu que a proibição do ‘nunchaku’ que vigora no estado desde 1974 é inconstitucional sob a Segunda Emenda. A proibição havia sido imposta por “temores de que a juventude local poderia ‘criar um caos generalizado’ inspirada pelos filmes de artes marciais”.
Desde então, o estado havia banido completamente os ‘nunchakus’ - duas hastes rígidas conectadas em uma extremidade por uma corrente ou corda - proibindo os cidadãos de fazerem uso dos mesmos.

A nova decisão sobre a arma característica das artes marciais - que ficou famosa graças à Bruce Lee - foi divulgada na última sexta-feira em um tribunal federal do Brooklyn pela juíza Pamela Chen.

O autor do pedido, James Maloney, começou sua busca pela legalização depois de ser acusado pela posse de ‘nunchakus’ em sua casa em 2000. Inicialmente ele apresentou uma queixa em 2003, e recorreu até a Suprema Corte dos EUA quando perdeu o caso.
Já em 2010 a Suprema Corte mandou reconsiderar o caso para ser analisado à luz de uma decisão da Segunda Emenda. Maloney entrou com uma queixa alterada mais tarde naquele ano.

Em sua decisão, a juíza Pamela Chen decidiu que a lei do estado, que diz respeito a possuir ‘nunchakus’, bem como a fabricação, transporte ou prática com os mesmos, violava a Segunda Emenda.

A nova decisão sobre a questão foi histórica, e Chen disse que a proibição havia “surgido inicialmente em um momento de muita preocupação, como resultado da crescente popularidade” dos filmes e shows de ‘Kung Fu’, já que “vários círculos da juventude do estado” - incluindo “assaltantes e gangues de rua - estavam ‘largamente' usando o ‘nunchaku’ para causar ‘muitos ferimentos graves’ em pessoas inocentes”.

Em um comunicado à imprensa James Maloney disse sentir-se aliviado e que “talvez essa fosse a coisa mais incrível” após o seu pedido.

Maloney, professor do Maritime College, da Universidade Estadual de Nova York, disse que parte da sua motivação era a indignação acerca da legislação estadual. “Como poderia um estado simplesmente proibir toda e qualquer posse de uma arma que tem uma longa tradição na história das artes marciais, com utilidade recreativa, terapêutica e de autodefesa?”, disse ele.

Maloney também queria ensinar uma forma de arte marcial que ele criou e que é chamada de “Shafan Ha Lavan”. O método faz uso dos ‘nunchakus’.
Agora, após a decisão da juíza Pamela Chen, ele pretende ensinar a arte marcial para seus filhos.

O processo nomeia o promotor distrital do condado de Nassau como réu. O advogado do condado não fez nenhum comentário imediato.

O ‘nunchaku’ ( do Chinês: 雙節棍 shuāng jié gùn, 兩節棍 liǎng jié gùn, ou 三節棍 sān jié gùn ), também chamado de “Tchaco”, “nunchucks” ou “nunchuks”, é uma arma utilizada nas artes marciais e que faz parte do conjunto de armas que compõem o kobudo.
As outras armas do kobudo são sai ( punhal de metal ), tonfa ( bastão de defesa pessoal ), bō e kama. O sansetsukon ( sān jié gùn (三節棍) ) é semelhante a um ‘nunchaku’ porem com três bastões ao invés de dois.

*Fonte / Créditos : Colaborador Oriosvaldo Costa | Postado em 18/12/2018
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Foto acima :  Meninos palestinos iniciam a prática das artes marciais que fazem uso do ‘nunchaku’ na sede da União Palestina de Nunchaku. ( Foto / Cortesia : Abid Katib / Getty Images ).

Abaixo : ‘Nunchakus’ e outros objetos confiscados da bagagem de mão dos passageiros no Aeroporto Internacional Seattle-Tacoma em SeaTac, Wash. ( Foto / Cortesia : AP Photo / Elaine Thompson, Arquivo / The Associated Press ).


segunda-feira, 17 de dezembro de 2018

Artigo : Instruções de combates com facas



Este artigo ajudará todos nós à entendermos melhor sobre alguns pontos e aspectos importantes e cruciais sobre combate e treino com lâminas. Métodos de combate do mundo inteiro utilizam lições de suas artes marciais originárias para ensinar a estudantes, tropas, batalhões, equipes, militares e as utilizam - também - até mesmo em cenas de muitos filmes de ação que assistimos.
Mas precisamos entender que o treinamento com armas, não serve apenas para ‘ensinar à matar’ ou se defender, serve principalmente para aguçar a mente, estimular o cérebro e sua capacidade de resposta, refina as mãos vazias e aumenta a concentração.

Desde a fundação da humanidade até os dias de hoje que as civilizações estão repletas de histórias sobre o uso e treinamento com armas e sua aplicação prática para autodefesa e sobrevivência. Cada povo possuía seu arsenal e metodologia, muitos testados em campo de combate de guerra e outros que ficaram apenas na teoria do “SE”.

Bem, existem duas diferenças cruciais, existe o ‘instrutor’ de combate com facas e lâminas seja Kali, Krav Maga, Systema, métodos Europeus e outros, e existem os “lutadores de faca”, ou seja, aqueles que realmente já enfrentaram alguém armado com faca ou já lutou com facas de verdade, encarrando um agressor também portando uma faca.
Acredito que muitos de nós que somos ‘instrutores de combate com faca’, mas não somos “lutadores de lâminas”, a não ser que você realmente tenha sofrido agressão e se defendeu contra uma lâmina de verdade, ou se já usou uma lâmina em alguém, são coisas bem diferentes uma da outra.
Hoje em dia, devido a proliferação de “cursos” e ‘instrutores’ procurando “um lugar à sombra”, estes ensinam seus métodos de combate com lâminas, e cada um prega sua teoria como sendo “a última verdade” para se promover.

Sabemos que existem métodos que fogem do ‘senso real’ de defesa e usam meios “irreais e improváveis” para ensinarem tais técnicas, apenas como promoção. É certo que um combate com lâminas de verdade é algo muito sério e complexo, por conta disso não acredito em técnicas supremas ou fixas, acredito muito mais na mentalidade e no instinto treinado e aguçado, atributos ganhos através dos exercícios e capacidades latentes que o cérebro vai gerando, portanto muito do que é mostrado em alguns métodos não será aplicado na realidade, nunca.

Na realidade, a irá, a fúria, o momento e o estado psicológico vão contar muito, as técnicas serão esquecidas dando lugar a “instintos” e sinapses neurais de tudo que foi treinado e assimilado, então isso se tornará um mundo diferentes.
“Não faça assim, porque meu método disse que não é assim, não faça assim porque mestre ‘A’ disse que o bom seria assim”, são as palavras que ouvimos de muitos, a maioria apenas coadjuvantes, outros porque acabam querendo puxar atenção para sua forma de ensinar.
Uma lâmina multiplica a velocidade nas mãos de qualquer pessoa, não possui ângulo definido, por isso eu sempre cito em contato em meus cursos que situações drásticas requerem respostas drásticas.

Não vale a pena discutir teorias ou qualquer coisa, basta você pegar uma faca de treino e fazer ‘sparring’ ( treino que fazemos todos os dias ) e descobrirá que muitos ‘drills’ e muitas das técnicas amadas e idolatradas por muitos não vão funcionar. Foi assim no passado e será hoje também. É como no caso dos instrutores que citei no artigo passado, os quais não entendem sobre combate, mais ensinam combate. Na prática desta “vivência laboratorial” você vai descobrir que “o que funciona” não é tudo que você acha que funciona, é muito mais que isso.
A distância, tempo, espaço, domínio de entrada, capacidade de usar braços como escudo ( e ser bem direto e contundente ), a mentalidade empregada e o conhecimento corporal são as partes mais eficazes para colocar um agressor fora de combate. Isso é importantíssimo.

Costumo dizer que você não enfrenta a arma, você enfrenta quem porta a arma, e não é impossível você obter êxito contra um ataque de lâmina, desde que você possua muito tempo de treino e entendimento do processo que o levará a entender todos mecanismos que citei acima.

Lembrem-se, se você não é alguém que foi atacado ou se cortou ou se furou em confronto ou que já empunhou uma faca para lutar, então nada que tente para comover alguém sobre seu método vai funcionar, a não ser que você tenha passado por isso. O treinamento com lâminas é muito importante no mundo atual, pois 80% dos ataques urbanos acontecem com agressões armadas. Atribua isso ao seu treinamento, isso vai ajudar você à enfrentar o temor ( falo o temor, não do medo ), e vai engatilhar respostas rápidas. A sua velocidade de mãos vazias também vai aumentar significativamente.

Mas existe algo muito importante. Saiba e procure saber com quem você irá aprender tais técnicas e atributos, qual a formação da pessoa, que métodos ela conhece, se ela realmente tem tempo de conhecimento e obteve lições de professores gabaritados e conceituados, pois isso não é brincadeira, é algo sério. Também quero lembra-los de que existem muitos ‘abanadores de armas’.
Boa sorte a todos em sua busca e treino.

*Texto escrito pelo Sifu Edmarcio Rodrigues | Postado por Oriosvaldo Costa em 17/12/2018

[ * ] O Sifu Sifu Edmarcio Rodrigues é Full Instructor em Contemporary Jeet Kune Do e Kali. Mataas Na Guru em Artes Filipinas Kali. Instrutor Military Edged Weapons. Instrutor Rápid Assault Tatics ( policiais, militares e seguranças). Faixa preta 1° Dan de Luta livre e Submission.
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Foto acima : O combate com facas é algo sério. É preciso saber quem procurar para aprender tais técnicas e atributos. Sua vida poderá depender disso.  ( Cortesia : Divulgação ).

Abaixo : O Sifu / Guru Edmarcio Rodrigues recentemente ministrou um curso de combate com facas e estratégias de combate para o GORE - Grupo de Operações Regionais Especiais em Limoeiro do Norte-CE ( Cortesia : Acervo pessoal Sifu / Guru Edmarcio Rodrigues ).


sexta-feira, 14 de dezembro de 2018

Rizin FF poderá promover luta entre os campeões mais jovens do MMA



Tenshin Nasukawa é um kickboxer muito popular no Japão. Ele fez a sua estréia profissional em 2014, aos 15 anos de idade e desde então tem conquistado vários campeonatos mundiais de kickboxing, sendo o atual campeão mundial de Kickboxing na sua categoria de peso pelo RISE e campeão do torneio de Kickboxing promovido pelo Rizin FF em 2017. Já no MMA, Tenshin ostenta um registro de 4-0, sendo um dos poucos lutadores no mundo que permanece invicto na modalidade.

Mais em alta do que nunca, graças à luta com Floyd Mayweather que será realizada no evento do Rizin da véspera de ano novo, Tenshin é o nome a ser batido na terra do Sol Nascente e isso independente do resultado da luta que será o ‘main-card’ ( evento principal ) do show de 31 de Dezembro.

Uma curiosidade à cerca dessa luta entre Mayweather e Nasukawa é que o resultado da mesma não será vinculado ao recorde oficial do lutador, conforme especula boa parte da impressa japonesa, o que a classifica como uma ‘luta de demonstração’.

“Esta é uma ótima maneira de eu ir lá e dar às pessoas algum entretenimento”, disse Mayweather. “Será uma luta de exibição, e os dirigentes do Rizin  estão me dando uma chance de fazer algo diferente”.

“Adoro competir contra lutadores de todas as esferas da vida como eu fiz nos meus dias de amador. É tudo
sobre entretenimento. Nove minutos de entretenimento. Vai ser incrível”. Disse o pugilista, referindo-se à duração da luta, prevista para três rounds de três minutos cada e que será disputada sob o regulamento do Boxe.

Mayweather acrescentou que ele não se incomodou com as regras da luta, na qual os dois atletas terão de usar as luvas de oito onças do Rizin.
Outro fato curioso é que não haverá juízes nessa luta.
O confronto será disputado em um peso combinado de 147 libras.

Campeão mundial de Boxe por 12 vezes em cinco categorias de peso distintas, Mayweather é um dos maiores pugilistas que já entraram no ringue, impulsionado pelo sucesso de bilheteria que o viu bater quase todos os recordes de receita na história do esporte.

Já Tenshin Nasukawa acrescentou que a oportunidade era boa demais para ser recusada.
“Nunca houve um lutador japonês para enfrentar Floyd Mayweather no ringue. Como atleta, isso é uma grande honra para mim e uma tarefa desafiadora. Eu vou mostrar meus pontos fortes para causar uma boa impressão durante a luta”, declarou o talentoso Kickboxer.

Tenshin é o ‘rosto’ do Rizin e atração principal do show japonês até hoje.
Então é natural que a franquia busque novos desafios para a sua maior ‘estrela’.

Esse ano o maior evento de MMA do Japão e um dos maiores do planeta também entrou em contato com o lutador do Brasil Paulão ‘Imperador’ Bueno, patriarca da única família em ação no MMA da atualidade, com vistas à uma possível participação de seus filhos no show presidido por Nobuyuki Sakakibara.
O Clã Zenidim  está radicado na cidade de Ponta Grossa, no estado do Paraná.

Uma vez que o Brasil e o Japão são países de “famílias samurais” segundo a tradição das artes marciais, Paulão sugeriu uma luta de seu filho Rickson Thai ‘The King’ Zenidim Bueno ( 10-0 ) com Tenshin Nasukawa.
Rickson ‘The King’ é campeão até 61 kg e Tenshin compete até 57 kg, mas ambos poderiam fazer uma luta em um peso combinado, como no caso do confronto de Tenshin com Mayweather.

Após finalizar o duro peruano Alexis Vera em sua última luta na Argentina válida pelo HFC 82 e permanecer invicto, o jovem “Rei dos Campos Gerais” não parou suas atividades e logo após a luta já voltou aos treinos e continua em ação no Muay Thai, Boxe, Jiu-Jitsu e no Wrestling, aonde continua afiando e aprimorando suas armas para defender a sua invencibilidade.

Não custa lembrar que Rickson - à exemplo de seu Pai e seus irmãos - já lutou e venceu em países como Argentina, Paraguai e Uruguai.
E então, qual será o próximo passo para o “Rei da América Latina”?
Será que veremos essa luta com Tenshin Nasukawa em 2019?

É importante lembrar que o Rizin tem de promover eventos que agradem os japoneses, pois são estes fãs que pagam ingressos no ginásio e dão audiência às emissoras de TV´s que exibem os shows de MMA.
Essa luta entre Tenshin e Rickson seria um duelo entre dois dos mais jovens campeões de MMA do mundo e ainda invictos na modalidade.
Com certeza, o público japonês iria prestigiar em peso essa grande luta.

*Texto do colaborador Oriosvaldo Costa. | Escrito em 14/12/2018
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Foto acima : Tenshin Nasukawa, que segue como a maior atração para o RIZIN, poderá lutar com o brasileiro Rickson ‘The King’.  ( Foto Cortesia : Acervo pessoal Família Zenidim ).

Abaixo : Tenshin Nasukawa vs. Rickson Zenidim Bueno seria um clássico Japão vs. Brasil que vem sendo estudado pelo RIZIN FF ( Cortesia : Divulgação Sherdog ).


sexta-feira, 7 de dezembro de 2018

K-1 World Grand Prix definido para sábado no Japão



Os eventos de luta no Japão estão a cada dia retomando a sua popularidade, ainda distante da “época dourada” do Pride, mas conquistando novos públicos à cada temporada, com os shows do Rizin sendo exibido na TV aberta em horário nobre, e o “novo K-1” ( como se auto intitula a versão atual daquele que já foi “o maior evento de ‘trocação’ do mundo” ), tendo as suas lutas transmitidas ‘ao vivo’ pela TV aplicativo  ABEMATV.

Não custa lembrar que o ABEMATV também tem os direitos de transmissão do ONE Championship, Pancrase e outras franquias de luta, conquistando uma legião de novos fãs que não acompanharam o auge do antigo K-1 e do extinto Pride.

O “novo K-1” por sua vez, tem se concentrado nos lutadores japoneses de categorias mais leves e desenvolveu uma rivalidade natural, profissional e saudável com o RISE, segunda maior promoção de Kickboxing da terra do Sol Nascente.

Enquanto isso, o RIZIN, presidido por Nobuyuki Sakakibara, até por ser um ringue neutro, costurou uma aliança estratégica com as franquias rivais ( K-1 e RISE ) e está trabalhando para colocar as duas maiores estrelas do kickboxing de ambas as promoções ( Segawa  Takeru e Tenshin Nasukawa  ) para duelarem em seu tablado num futuro próximo.

Os fãs de luta no Japão vêm especulando sobre a perspectiva de uma luta entre Segawa Takeru e Tenshin Nasukawa há vários anos. Mas com este último competindo pelo Rise e também pelo Rizin e o primeiro sendo contratado exclusivamente para o K-1, este ‘matchup’  de kickboxing dos sonhos não parece estar próximo de se tornar realidade.

O “novo K-1” também enfrenta problemas com os seus contratos que são estendidos por 1 ano automaticamente a cada luta realizada por seus lutadores, o que garante exclusividade e os lutadores acabam ficando presos ao contrato do K-1. Isso gerou muitos processos por parte de alguns lutadores e também pela agremiação rival RISE, alegando ilegalidade.

Não custa lembrar que o K-1 também já tentou tirar Nasukawa do rival RISE anteriormente, exigindo que Nasukawa assinasse um contrato de exclusividade com o K-1 para poder lutar contra Takeru, mas Nasukawa recusou a proposta por fidelidade ao RISE.
Agora, tudo depende do Rizin casar essa luta.

Enquanto isso não acontece, o K-1 continua trabalhando duro para recuperar o ‘status’ que um dia ostentou no Japão.
O próximo evento da franquia será o K-1 World Grand Prix Lightweight 2018 e está marcado para Osaka, neste sábado ( 8 de Dezembro ). Oito competidores lutarão ao longo de uma única noite para ganhar um torneio de kickboxing na categoria de 62,5kgs. O show será realizado no Ginásio da Prefeitura de Osaka.

O evento é encabeçado por uma disputa pelo título dos super penas ( 60kgs ) entre o atual campeão Takeru Segawa e o desafiante Koji Sumeragichi. O primeiro ganhou um torneio eliminatório de oito homens no K-1  disputado no início deste ano e também ganhou torneios dos pesos super-galo e pluma para se estabelecer como um dos melhores kickboxers do mundo.

No sábado Segawa ( 35-1 ), que não perdeu uma luta desde 2012 será um forte favorito contra Sumeragichi ( 25-12 ), que não tem um registro tão impressionante quanto o campeão.

O ‘co-main event’ será a final do torneio dos leves que está sendo disputado por nomes do porte de Fumiya Osawa, Liu Wei, Kyoshiro, Indigo Boyd, Yuto Shinohara, Gonnapar Weerasakreck,  Kenta Hayashi e Nicolas Gaffie. Já outros lutadores ficarão de prontidão para o caso de alguém se machucar e poderão então entrar na disputa.

K-1 World Grand Prix Lightweight 2018
8 de dezembro de 2018
Ginásio da Prefeitura de Osaka
Osaka, Japão

17-Takeru Segawa (c) vs Koji Sumeragichi ( válida pelo título super featherweight )
16-Final do torneio dos leves
15-Yoshiki Takei vs Yodbuadaeng Fairtex ( super bantamweight )
14-Masaaki Noiri vs Riki Matsuoka ( welterweight )
13-Hideaki Yamazaki vs. Rukiya Anpo ( super leve )
12-Semi final do torneio leve
11-Semi final do torneio leve
10-Riku Anpo vs. Taio Asahisa ( super pena )
9-Shuhei Kumura vs. Yuta Hayashi ( super bantamweight )
8-Fumiya Osawa vs. Liu Wei ( torneio dos leves )
7-Kyoshiro vs. Indigo Boyd ( torneio dos leves )
6-Yuto Shinohara vs Gonnapar Weerasakreck ( torneio dos leves )
5-Kenta Hayashi vs Nicolas Gaffie ( torneio dos leves )
4-Hisaki Higashimoto vs Shinichiro Kawasaki ( Luta reserva do torneio dos leves )
3-Masafumi Kurasaki vs. Tetsu ( peso-pena )
2-Seiya vs. Koji Suzuki ( Leve )
1-Aoshi vs. Yuto Kuroda ( Super Bantamweight )

P.S.: Para informações atualizadas sobre o “novo K-1”, favor consultar : https://www.k-1.co.jp/k-1wgp/

*Texto do colaborador Oriosvaldo Costa. | Escrito em 7/12/2018
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Foto acima : O show de Kickboxing acontecerá dia 8 de Dezembro no Ginásio da Prefeitura de Osaka ( Cortesia : Divulgação ).

Abaixo : O duelo Takeru Segawa vs Koji Sumeragichi será o ‘main event’ ( evento principal ) do show em Osaka ( Cortesia : K-1 Corporation ).


quinta-feira, 6 de dezembro de 2018

A parceria do Rizin com o Bellator e a estreia do ex-WWE Jack Swagger no MMA



Em novembro de 2017, o Bellator fez barulho ao anunciar a contratação do ex-astro da WWE ( empresa norte-americana de luta livre profissional ) Jake Hager, conhecido como “Jack Swagger”.
Mas, apesar do que foi anunciado inicialmente, ele não estreou na promoção de Scott Coker em 2018 e, ao contrário, irá fazer a sua estreia no MMA profissional apenas em 2019.
A informação foi confirmada por um oficial do Bellator ao jornalista Ariel Helwani.

A luta acontecerá no dia 26 de Janeiro de 2019, no Bellator 214, em Inglewood, no estado americano da Califórnia, no evento que terá como combate principal a final do ‘Bellator Heavyweight Tournament’ entre o lendário lutador Fedor Emelianenko e Ryan Bader.

O ‘card’ irá ao ar na Paramount e também será transmitido no DAZN ( serviço de “streaming” de vídeo por assinatura de propriedade do Perform Group e que promete desbancar as transmissões feitas pelo sistema de pay-per-view das televisões por assinatura ao longo dos próximos anos. O serviço do DAZN é dedicado ao esporte, oferecendo transmissão ‘ao vivo’ e sob demanda de eventos de várias propriedades ).

A estreia do peso-pesado Jake Hager será diante de JW Kiser, um lutador de 41 anos, que tem um “record” de 0 vitórias e 1 derrota, o que indica que o presidente da Bellator, Scott Coker, tentou arranjar um adversário o mais fácil possível para o ex-WWE.
Hager, de 36 anos, deverá fazer seis lutas de MMA, conforme especificado em seu contrato com o Bellator.

Hager ainda tem outro show de wrestling profissional ( pro wrestling / telecatch / luta livre / puroresu ) para fazer neste sábado, e depois disso ele estará se dedicando ao treinamento de MMA em tempo integral para fazer a sua estréia profissional no ‘cage’ do Bellator.

Hager é um dos últimos pro-wrestlers a fazer a transição para o MMA. Essa lista inclui nomes como Brock Lesnar, CM Punk e Bobby Lashley.
Alguns jornalistas  sugerem que, assim como Lashley, ele também poderia alternar as suas participações no Bellator e no Pro Wrestling, dividindo a sua carreira entre o MMA e a luta livre profissional, apresentando-se em companhias independentes, uma vez que este não renovou seu contrato com a WWE.

Não custa lembrar que que Jack Swagger também foi campeão All-American na universidade de Oklahoma, em luta livre colegial.

Outra novidade, esta anunciada pelo próprio Scott Coker à ESPN,  é que o Bellator poderá trabalhar mais vezes com o evento japonês Rizin FF ao longo do ano de 2019.
A parceria entre ambas as organizações será retomada já nesse evento da véspera de ano novo, quando Darrion Caldwell, o campeão peso galo do Bellator, irá lutar contra Kyoji Horiguchi pelo título do Rizin FF.

Segundo Coker, Caldwell chegará à Tóquio como um herói disposto a roubar um novo cinturão em terras inimigas. Essa “justificativa” também será utilizada por Nobuyuki Sakakibara, presidente do Rizin, para enviar o lutador Kyoji Horiguchi ao Bellator.
O vencedor irá defender o cinturão contra o próximo candidato ao título, uma vez que defender seu território contra um invasor é um grande negócio promocional no meio das lutas.
Isso será muito importante para o Bellator e para o Rizin, pois as lutas cruzadas pelo título das promoções é exatamente o que ambas as franquias precisam agora.

Os dois dirigentes - Coker e Sakakibara - têm uma história, desde a época em que o primeiro era o chefe do Strikeforce.
E realmente, de muitas maneiras ele é a pessoa ideal para fazer algo parecido com este trabalho. Coker tem a reputação de ser um bom negociante e bem menos bombástico do que o presidente do UFC, Dana White.
O formato já funcionou para o Bellator e também deverá funcionar para o Rizin.

E, não vamos nos enganar, fazer um grande negócio do nada é essencialmente o trabalho do promotor de lutas. Às vezes,  lutas  com muito apelo “caem no seu colo”, mas na maioria das ocasiões é preciso muito trabalho duro para levar o público ao ginásio.

Os torneios são uma maneira de criar algo significativo, e tanto o Rizin quanto o Bellator já fizeram bom uso deles. Trabalhar em conjunto para criar uma luta campeão-contra-campeão é outro caminho, embora um pouco mais complicado.

E para qualquer promoção que não seja chamada de UFC, esse é o maior e mais extenuante desafio que existe.
Mas, se todos os obstáculos forem gerenciados adequadamente, eventos conjuntos como esse poderão acontecer mais vezes, o que será muito estimulante para o esporte, além de fazer frente ao monopólio no mundo do MMA.

*Texto do colaborador Oriosvaldo Costa. | Escrito em 6/12/2018
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Foto acima : Kyoji Horiguchi vs. Darrion Caldwell faz parte do bem-sucedido esforço de promoção cruzada entre o Rizin e o Bellator ( Cortesia : Divulgação / Twitter / Scott Coker ).

Abaixo : Ex-astro da WWE, Jack Swagger tem sua estreia no MMA programada para o Bellator 214, em Janeiro de 2019 ( Foto: Joachim Sielski / Bongarts / Getty Images ).


quarta-feira, 5 de dezembro de 2018

Tomo Maesawa e Reina Miura vencem na 22ª edição do DEEP Jewels no Japão



O DEEP Jewels, originalmente uma marca de propriedade da Marverous Japan Co., Ltd. é uma promoção exclusiva de lutas femininas no Japão. Seu intuito é revelar uma elite de mulheres competidoras de MMA na terra do Sol Nascente, para que os talentos do país não se resumam à apenas um punhado de lutadoras.

O show – que também é o sucessor direto do Smackgirl – teve a sua edição inaugural em 16 de novembro de 2008.

Os eventos que eram chamados anteriormente de Jewels MMA passaram à ser realizados pela mesma companhia que promove o DEEP Impact, depois que esta absorveu as suas operações em 25 de maio de 2013, e à partir daí a nova série foi batizada de DEEP Jewels.

Atualmente, o presidente do DEEP Impact, Shigeru Saeki, também é o supervisor do DEEP Jewels, o que faz com que haja uma aproximação profissional entre os colegas de trabalho de ambas as promoções.

No sábado, 1º de dezembro de 2018, o DEEP Jewels realizou seu 22º evento no Shinjuku FACE.
O Shinjuku Face é um salão de eventos localizado no 7º andar do complexo Humax Pavilion Shinjuku, 1-20-1, Kabukicho, em Tóquio, no Japão.
O local tem uma capacidade para receber aproximadamente 600 pessoas e também abriga principalmente outros shows de MMA, Boxe e Pro Wrestling.

Essa 22ª edição do DEEP Jewels que foi ao ar na Abema TV ( Japão ) teve como destaque a luta em que Tomo Maesawa venceu Mina Kurobe por decisão dividida para conquistar o título válido pelo campeonato do peso-átomo feminino no ‘main event’( evento principal ) do show.

Enquanto Kurobe superou sua última oponente  ( Satomi Takano ) no Deep Jewels 19, em março, desta vez foi uma história diferente. Maesawa provou ter uma excelente técnica de luta no chão e derrubou Kurobe com um soco “super-man” já no segundo round.
Mas quando o round final começou, Kurobe mostrou a sua eficiência com joelhadas à partir do ‘clinch’. Contudo, ela ainda não foi capaz de levar Maesawa ao chão. A luta foi levada para a decisão dos juízes que deram a vitória por decisão dividida ( 30-27, 28-29, 29-28 ) para Maesawa, que se tornou assim a nova campeã dessa categoria de peso.

Outra atração foi o retorno de Reina “King” Miura ( Fight Club 428 ) ao Deep Jewels após uma ausência de seis meses para enfrentar a lutadora alemã Judith Ruis. Reina vinha direto de uma derrota para Kaitlin Young ( no Rizin FF- Rizin 12 ) e procurava apagar aquela atuação. 
Desde os primeiros rounds, Miura superou Ruis em pé e com quedas, mas no terceiro as duas mulheres pareciam cansadas e incapazes de causar qualquer dano significativo.
A luta durou os três rounds completos e Miura foi a vencedora, melhorando assim o seu recorde para 10 vitórias e apenas duas derrotas.

No ‘undercard’ Satomi “Sarami” Takano lutou contra Yuko Saito. Essa foi a primeira vez que Saito lutou sob regras que permitiam o uso dos cotovelos. Saito esteve mais forte no início, mas Takano lutou com essa regra muitas vezes. Finalmente, Takano venceu com um total de 3-0.

O Deep Jewels 22 também viu Nanaka Kawamura, uma estrela em ascensão no MMA feminino do Japão, enfrentar a ‘striker’ Tomomi Souda. Kawamura (  que pertence ao grupo “Masked Girls” ), dominou Souda com quedas e usou suas  habilidades de luta agarrada para controlar a sua adversária no solo, conseguindo assim a vitória.

Em seu discurso pós-luta, Kawamura apelou ao chefe do Rizin FF, Nobuyuki Sakakibara, por uma vaga no evento da véspera de ano novo. Sakakibara disse que essa era uma possibilidade e que iria analisar a inclusão de Kawamura no ‘card’.

Confira abaixo os resultados do Deep Jewels 22 :

Deep Jewels 22
01 de Dezembro de 2018.
Shinjuku Face
Tóquio, Japão.

Tomo Maesawa derrotou Mira Kurobe por decisão dividida ( 30-27, 28-29, 29-28 ) - título do peso átomo feminino
Reina Miura derrotou Judith Ruis por decisão unânime ( 30-27, 29-28, 29-28 )
Satomi “Sarami” Takano derrotou Yuko Saito por decisão unânime ( 30-27 × 3 )
Mika Nagano vs. Tanja Hoffman : luta terminou empatada por decisão majoritária ( 18-20, 19-19, 19-19 )
Yukari Nabe derrotou Takamori Ibu por decisão unânime ( 20-18 × 3 )
Sayuri Yamaguchi derrotou Yuko Kiryu por decisão unânime ( 20-18, 20-17, 20-18 )
Nanaka Kawamura derrotou Tomomi Souda por decisão unânime ( 20-18 × 3 )
Asami Nakai derrotou Izumi Noguchi por decisão unânime ( 20-18 × 3 )
Kotori Minato derrotou Mae Sasaki por decisão da maioria ( luta amadora )
Mao Ueda derrotou Chelsea por decisão unânime ( luta amadora )

*Texto do colaborador Oriosvaldo Costa. | Escrito em 5/12/2018
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Foto acima : Tomo Maesawa conquistou o cinturão do peso átomo feminino após vencer Mira Kurobe ( Cortesia : Akihito Tatematsu )

Abaixo : Reina “King” Miura vem alternado suas apresentações no DEEP Jewels e no Rizin FF ( Cortesia : Divulgação DEEP Jewels ).


terça-feira, 4 de dezembro de 2018

Índia vs. Paquistão no Brave CF : MMA poderá ser uma solução para os países rivais?



O esporte é uma das saídas para a humanidade e o MMA, definitivamente, também deve ser incluído nesse conjunto, até por ser a modalidade esportiva que mais cresce em todo o mundo.

O MMA é o único esporte que consegue comportar, em uma mesma arena pessoas dos mais diferentes credos e religiões, tais como muçulmanos, cristãos e até mesmo ateus, competindo nesta modalidade que permite a utilização de socos, chutes, quedas, chaves, estrangulamentos e imobilizações com espírito esportivo e, o mais importante, sem inflamar a plateia com violentas paixões.

Esse expediente está sendo agora utilizado por alguns poucos países com um histórico de beligerância e rivalidade feroz e cujo principal objetivo é diminuir a tensão e a rivalidade entre si.

O Paquistão e a Índia sofreram um dos conflitos mais intratáveis do planeta, com quatro guerras e incontáveis incidentes e escaramuças desde a Segunda Guerra Mundial. A diplomacia esportiva proporcionou um grande avanço quando, em 2004, a equipe de críquete da Índia fez uma turnê pelo Paquistão. Em seguida, começou uma série de testes recíprocos, que abruptamente cessaram após os ataques de 2008 em Mumbai. Nenhuma série de jogos testes foi realizada entre os dois países desde então.

Contudo, na sequência, já em 2016, no WSOF-GC: World Series of Fighting Global Championship 3, nas Filipinas, Uloomi Karim, do Paquistão, derrotou Yadwinder Singh, da Índia, e os lutadores ergueram a bandeira do outro país. “A paz ganhou naquele dia”, disse Karim.

No Brave Combat Federation 17, em Lahore, o primeiro evento internacional de MMA no Paquistão, Mehmosh Raza  conhecido como ‘the renegade’ estabeleceu o recorde de ‘luta mais rápida’ na promoção (23 segundos) e enviou uma forte mensagem para a comunidade indiana de MMA. “O Islã é uma religião sobre amor, é uma religião sobre paz”, disse Raza à multidão. “É para isso que estamos aqui - para espalhar o amor e espalhar a paz”.

Então Mehmosh Raza disse à multidão, e à administração do Brave, exatamente o que ele quer - “Promovam-me em uma luta entre nações. Paquistão contra a Índia. Quem quer ver isso!?”

O possível confronto poderá ter lugar no Brave CF 20 que será realizado na Índia, no dia 22 de Dezembro, no Gachibowli Indoor Stadium, em Hyderabad.

O evento terá uma série de lutas entre a Índia vs. o resto do mundo, incluindo Kantaraj Agasa contra Jalal Al Daaja, Abdul Muneer contra Ali Qaisi e Keith Lee contra Angad Bisht.

Ali Sultan, co-fundador da Team Fight Fortress, declarou: “Parabéns para o Brave Combat Federation por outro evento de sucesso. O Brave 20 será realizado na Índia e eu gostaria de ver um lutador do Paquistão no ‘card’, isso será um grande passo para promover o MMA em grande escala nos dois países”.

Quando isso acontecer, independente do resultado da luta, seja uma vitória, uma derrota ou mesmo um empate, você poderá ver os lutadores se abraçando como irmãos após a luta e, ao fazê-lo, eles começarão a levar os povos de seus países junto com eles, todos unidos em um só espírito: a promoção da paz.

*Texto do colaborador Oriosvaldo Costa. | Escrito em 4/12/2018
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Foto acima : Mehmosh ‘the renegade’ Raza fala à multidão : “O Islã é uma religião sobre amor e paz”. Ele quer fazer parte do desafio Índia vs. Paquistão no MMA ( Cortesia : Divulgação ).

Abaixo : O desafio Índia vs. Paquistão no MMA terá lugar no Brave CF 20 que será realizado na Índia, no dia 22 de Dezembro, no Gachibowli Indoor Stadium, em Hyderabad. ( Cortesia : Divulgação Brave CF ).


segunda-feira, 3 de dezembro de 2018

O que esperar do MMA em 2019 ? [ previsões para o ano novo ]



Todo final de ano é a mesma coisa. Um grande número de pessoas sai à procura dos ditos profissionais “esotéricos”, sacerdotes e oráculos com o intuito de tentar ‘prever’ o futuro e vislumbrar o que o ano vindouro lhes reserva.
Particularmente, eu não recomendo tal prática por dois pequenos motivos. Primeiro por minhas convicções religiosas e fé ( sou muçulmano ) e em segundo, por já ter visto um bom número de vidas arruinadas e até mesmo famílias destruídas por essas práticas ( as vidas arruinadas à que me refiro são as das pessoas que procuraram tais métodos e nunca as dos “videntes” ou ‘médiuns’ ).

E por mais difícil que seja para mim, ainda tento ter o mínimo de respeito pelos credos alheios ( cada um acredita no que quer e lhe convém ) e pelas demais religiões ( essas são mais fáceis de respeitar, já que não sou um intolerante ).
Assim sendo, esse artigo irá abordar o tema “previsões do futuro”, mas com um cunho literário e humorístico ( além do informativo, é claro ).
Também não vou hesitar em revelar o que estava ‘oculto’ nos bastidores.
Tendo dito isso, vamos ao assunto que realmente nos interessa: as artes marciais mistas, ou MMA ( na sigla em inglês para : Mixed Martial Arts ).

Se já não estava claro, agora que Sage Northcutt assinou contrato com o ONE os críticos especializados em MMA podem comemorar. Eles acertaram mais uma : O UFC que conhecíamos durante a era Zuffa está morto, como muitos destes afirmavam após o show ter sido comprado pela WME-IMG / Endeavor em 2016.
O WME-IMG / Endeavor é um grupo econômico especializado em entretenimento e sem nenhum vínculo prévio com o esporte MMA.

Você pode até criticar a maneira que alguns negócios foram feitos sob a gestão dos irmãos Fertitta - uma abordagem que levou a litígios antitruste – mas não há dúvida de que a Zuffa levava a contratação de talentos do MMA à sério.

Os Fertitta conseguiram muito.
Desde derrubar a proibição da exibição das lutas na televisão até este esporte se tornar uma prioridade de exibição pelas emissoras de TV, da legalização do esporte nos 50 estados norte-americanos e a sua regulamentação pelas comissões atléticas estaduais até a sua aceitação pela conservadora sociedade estadunidense.
Tudo foi uma busca incansável pelo objetivo de tornar a modalidade tão popular quanto o futebol ou o basquete.
Veja que o fã casual ( e não o fã ‘Hardcore’ ) fala em “UFC” e não “MMA” quando o esporte é introduzido em alguma conversa.

Não podemos deixar de comentar – também – que tudo isso passou pela compra do Pride e do WEC, sem esquecer do WFA  e do Strikeforce, o que fez com que a Zuffa adquirisse a reputação de uma empresa que visava o ‘monopólio do esporte’. Mas nada que não pudesse ser tratado nos bastidores.

Só que então o WME-IMG / Endeavor  comprou o UFC e, bem, pequenas coisas começaram a acontecer uma atrás da outa.

Hoje, podemos afirmar que a empresa de combate ( que foi comprada por um valor estimado em US$ 5 bilhões ) ou não tem confiança nas suas próprias capacidades promocionais em recuperar o dinheiro investido no caminho ou têm um pensamento teimoso, de que não vai quebrar em nenhuma circunstância, mesmo que continue perdendo talentos como  Mousasi, Machida, Alvarez ou Northcutt.
O fator agravante é que isso não importa para o WME-IMG / Endeavor, desde que a marca “UFC” permaneça forte.

Acontece que muitas estrelas continuam deixando a franquia desde então. 
Rory MacDonald assinou com o Bellator pouco depois da venda. Gegard Mousasi, que pode ser o melhor peso-médio do mundo, também trocou o UFC pelo Bellator, assim como Lyoto Machida.
Em seguida, lutadores como Eddie Alvarez começaram a desertar para o ONE Championship, uma promoção asiática vista atualmente como ‘cheia de dinheiro’. Em seguida, Demetrious Johnson foi ‘trocado’ literalmente por Ben Askren.

Quanto à recente contratação de Sage Northcutt, eu não sei os números reais – mas talvez o ONE já esteja pagando tão bem quanto o UFC, o que faz alguns lutadores perceberem que realmente “existe vida” fora da organização presidida por Dana White.
Northcutt supostamente recebeu excelentes ofertas de todas as grandes empresas de MMA, e a sua contratação pelo ONE coloca em xeque a ideia de que só o UFC paga os melhores salários.
Conforme anunciado nas redes sociais pelo Presidente e CEO do ONE Chatri Sityodtong,  Northcutt se junta agora aos dois outros lutadores do UFC que já haviam feito a transição para o evento asiático: Demetrious Johnson e Eddie Alvarez.

Não custa lembrar que Northcutt foi feito sob medida para uma promoção de luta dirigida por um conglomerado de Hollywood, tal como o WME-IMG / Endeavor.
Ele é um atleta com “cara de meme” que virou estrela do UFC da noite para o dia, muito às custas de suas habilidades atléticas, é fato.
Também pudera. Ele foi forjado pelo pai desde que era um garotinho para ser um atleta diferenciado. Treinou caratê, foi alimentado à base de suplementos, passou por competições de “fitness” para mostrar o corpo sarado e definiu desde cedo que seu sonho era ser um lutador do UFC.

Após a sua estreia no UFC em 2015, Sage chamou ainda mais a atenção por conta de um salto mortal que ele executou para comemorar a vitória que mais pareceu um lance de videogame. A imagem rodou o mundo, tamanha a plasticidade do movimento, e também pela facilidade com que ele aparentou executar o salto.
E ele também se destacou nas redes sociais pela sua aparência.
Principalmente por conta do seu cabelo, Sage Northcutt já foi comparado a um cantor do N'Sync, ao personagem Guile, do Street Fighter, a Ivan Drago ( rival de Rocky Balboa ) e até mesmo ao Ken ( namorado da “boneca Barbie” ).

Quer algo mais ‘Hollywoodiano’ que isso ?
E inexplicavelmente ele foi tratado como mais um ‘produto descartável’ pelo WME-IMG / Endeavor, que é um conglomerado especializado em gerir a carreira de tais estrelas.

O que eu quero dizer com tudo isso é que se os atletas do UFC continuarem migrando para outras promoções, o Ultimate perderá preciosos recursos, justamente na época em que seus novos donos esperavam ter retorno financeiro.
Por isso mesmo, se esse padrão continuar, é obvio deduzir que eventos como Bellator e ONE Championship, além de outras promoções pelo mundo, poderão fazer mais incursões reais neste mercado, outrora comandado pelo UFC e se consolidarão cada vez mais. Essa será uma das histórias para serem assistidas no ano novo.

Agora eu peço ao leitor que esqueça o contrassenso e me permita concluir esse artigo tentando fazer um ‘exercício’ de “futurologia” ( risos ).

O próximo ano marcará o início da retomada dos países do continente asiático como os principais pólos de MMA do mundo. Não é à toa que o próprio UFC já anunciou a construção do maior centro de treinamento e desenvolvimento de MMA do planeta, na China. Detalhes adicionais sobre o UFC Performance Institute Shanghai serão anunciados nos próximos meses.

Aqueles que questionam se o ONE será apenas o braço asiático do UFC ou fará frente à franquia estadunidense poderão ter a sua dúvida elucidada ao longo do ano seguinte.

Em 2019 nós teremos a sedimentação de promoções como o Bellator, ONE, Rizin e, quem sabe, talvez também tenhamos uma grata surpresa : outro evento de MMA da Golden Boy Promotions.

O ano vindouro também poderá ter a edição inaugural da Zuffa Boxing, empresa comandada por Dana White ( ainda presidente do UFC ) e voltada para a promoção de lutas de boxe, com o intuito de diversificar os seus negócios e gerar mais lucros.

Quanto ao UFC em particular, este terá que se esforçar muito para conservar o ‘status’ que ainda ostenta, ou então irá ‘cair’ mais e mais.

Mas, devo deixar bem claro que nessa época conturbada em que vivemos, nada é mais difícil do que ‘prever’ o futuro e nem o mais corajoso “vidente” arrisca-se a prever seque o dia seguinte.
Então só nos resta esperar e aguardar para ver.
Por outro lado, uma coisa já posso afirmar com certeza : este esporte maluco continuará nos proporcionando muitas surpresas em 2019.

*Texto do colaborador Oriosvaldo Costa. | Escrito em 3/12/2018
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Foto acima : À partir do próximo ano, os países do continente asiático retomarão o processo de crescimento do MMA  ( Cortesia : Divulgação ).

Abaixo : “Está escrito nas estrelas” : A contratação de Sage Northcutt pelo ONE é mais um ‘sinal’ de que o MMA voltará à crescer nos países do continente asiático ( Cortesia : Sherdog Forums ).


sábado, 1 de dezembro de 2018

Yoshihiro Akiyama e Miesha Tate assinam com o ONE Championship™ ( ONE )



Yoshihiro Akiyama é um dos mais emblemáticos lutadores asiáticos da história. Ele é um competidor de MMA e judoca japonês de quarta geração descendente de coreanos.
O cidadão de Osaka ( terceira cidade mais populosa do Japão ) começou sua carreira de artes marciais ganhando torneios em um nível amador.
No Judô, Akiyama foi medalha de ouro no campeonato asiático em 2001 ( representando a Coreia do Sul ) e dos jogos asiáticos de 2002 ( representando o Japão ).
A sua carreira no MMA teve início em 2004. Já em 2006, ele foi campeão meio-pesado do torneio K-1 HERO’S, braço das artes marciais mistas daquela que já foi considerada a maior promoção de Kickboxing do planeta. Para isso, ele precisou derrotar alguns dos nomes mais respeitados do setor, incluindo o ex-campeão peso pesado de boxe pela IBF François Botha e Melvin Manhoef, entre outros.
Nomes como Kazushi Sakuraba, Kazuo Misaki e Denis Kang também já se confrontaram com o judoca. Sua primeira derrota no MMA se deu diante do Kickboxer Jerome Le Banner em sua segunda luta profissional.


Yoshihiro Akiyama também já competiu pelo UFC onde protagonizou várias lutas emocionantes, tornando-se um dos primeiros atletas a ganhar três bônus consecutivos de “luta da noite” em suas três primeiras participações na maior franquia de MMA da atualidade.
Ele competiu no evento de Dana White pela última vez em novembro de 2015, em luta válida pelo UFC Fight Night 79, na Coreia do Sul, quando a sua carreira no UFC já mostrava-se difícil – Akiyama teve pela frente Chris Leben , Michael Bisping , Vitor Belfort e Jake Shields em lutas consecutivas – perdendo para todos os quatro e encerrando seu contrato com a promoção após um registro de 2-5.
O leitor mais atento poderá perceber, no entanto, que seu cartel como profissional de MMA é bem mais extenso : 14 vitórias, 6 derrotas e 2 ‘No Contest’ ( sem resultado ), com passagens em organizações do porte do K-1 Dynamite !!, K-1 HERO’S, Yarennoka e Dream.
A novidade agora, é que o atleta de 43 anos assinou com o ONE Championship, promoção com sede em Cingapura e uma das maiores da Ásia, em uma contratação que foi anunciada em sua conta no Instagram.
A notícia foi confirmada por Chatri Sityodtong, Presidente e CEO do ONE Championship, que declarou : “Tenho o prazer de anunciar que adicionamos Yoshihiro Akiyama à nossa lista de elite do ONE Championship. Akiyama é um verdadeiro representante das artes marciais asiáticas e é uma honra recebê-lo no palco da nossa competição. Ele é uma lenda absoluta no esporte, impressionando o público com sua suprema habilidade em artes marciais e inabalável vontade de vencer. Akiyama está preparado para confrontar-se com os melhores e mais brilhantes lutadores da divisão dos pesos-meio-médios ( em inglês : welterweight ) do nosso show, e vai ajudar a liderar os próximos ‘cards’ quando o ONE Championship for para as cidades de Tóquio e Seul em 2019.”
Além do judoca coreano-japonês, o ONE Championship também contratou recentemente o lutador Demetrious Johnson, naquele que foi classificado pela ESPN como o primeiro grande negócio feito na história do MMA.
O UFC concordou oficialmente em liberar seu ex-campeão peso-mosca de seu contrato para permitir que ele assinasse com o ONE Championship.
Em troca, o ONE concordou em liberar o ex-campeão dos pesos-meio-médios Ben Askren de seu contrato, a fim de assinar com o UFC.
Considerando que ambos os lutadores tiveram várias lutas em seus respectivos contratos, uma transação dessa magnitude nunca foi feita antes no MMA.
Agora, o ONE também está publicamente buscando assinar com o lutador recém-demitido do UFC Sage Northcutt.
Outra notícia confirmada que temos é sobre a contratação de Miesha Tate, ex-campeã do peso-galo feminino do UFC.
Ela se juntará à promoção do ONE Championship como a vice-presidente da franquia, em notícia muito comemorada pela revista FORBES, uma das principais revistas estadunidenses de negócios e economia que apresenta artigos e reportagens originais sobre finanças, indústria, investimento e marketing.
Miesha é uma pioneira do MMA feminino e tem sido uma fonte de inspiração para muitos jovens, homens e mulheres sedimentarem as suas carreiras no MMA em todo o mundo.
Ela também foi a penúltima campeã Peso Galo do extinto Strikeforce, título conseguido após vencer Marloes Coenen por finalização no quarto round, no Strikeforce: Fedor vs. Henderson, mas perdido em sua primeira defesa, contra Ronda Rousey, por finalização no primeiro round, durante o Strikeforce: Tate vs. Rousey.
Ambas fizeram uma revanche já no UFC, evento onde Tate ainda foi campeã após vencer Holly Holm, se tornando também uma das três lutadoras que já venceram a americana ( que também já foi campeã mundial de boxe 19 vezes em três categorias diferentes ) em uma luta de MMA.
Como lutadora profissional de MMA, Miesha acumulou um registro de 18 vitórias e 7 derrotas.
A assinatura do contrato com Tate solidifica ainda mais o compromisso do ONE com o crescimento e a expansão contínuos do MMA fora da Ásia e todas as regiões do mundo.
Este anúncio vem logo após o ONE anunciar seu novo empreendimento eSports
*Texto do colaborador Oriosvaldo Costa. | Escrito em 1/12/2018
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Foto acima :  Chatri Sityodtong ao lado de Yoshihiro Akiyama. A contratação do ex-UFC faz parte do plano de expansão global do ONE ( Cortesia : Nation Multi Media ).
Abaixo : Miesha Tate foi nomeada Vice-Presidente do ONE Championship. ( Foto : Cortesia de Esther Lin  |  MMA Fighting ).