Já se passaram mais de três anos desde que o UFC chegou ao solo sul-coreano, um mercado que produziu alguns dos maiores nomes do MMA asiático, tais como Dong Hyun Kim, Chan Sung-jung, Choi Doo Ho e Kyung Ho Kang, entre outros.
Naquele evento em particular - UFC Fight Night 79, realizado em 28 de novembro de 2015 e que teve lugar na Olympic Gymnastics Arena, em Seul, Coreia do Sul - vimos Ben Henderson derrotar o veterano Jorge Masvidal no ‘main event’ ( evento principal ). Infelizmente, para os fãs coreanos, o UFC não voltou desde então.
Uma curiosidade após a realização daquela edição do UFC envolveu um lutador da casa, Tae Hyun Bang. Ele foi condenado a 10 meses de prisão por ter aceitado suborno para perder uma luta para o americano Leo Kuntz, apesar do seu adversário não ter percebido tentativa de armação.
Além de ter aceito um suborno de US$ 90 mil dólares, o sul-coreano ainda teria apostada metade da quantia no seu adversário.
Os dirigentes do UFC descobriram o plano após notarem uma mudança nas redes de apostas, quando estas apontavam uma vitória de Bang desde o início, mas mudaram rapidamente para o adversário.
Foi então que o sul-coreano mudou de ideia e acabou vencendo o confronto.
As agências de notícias do país oriental chegaram à informar que uma aposta de US$ 1,7 milhão havia sido feita no americano e Bang disse à Justiça que recebeu ameaças de morte depois de ter vencido a luta.
O atleta ainda lutou no ano seguinte, mas acabou sendo expulso do UFC em agosto de 2017, quando parou de competir sem qualquer anúncio de despedida.
-“O crime prejudica a credibilidade do esporte e também tem efeito negativo na credibilidade do país”.-informou o tribunal sul-coreano, ainda naquela ocasião.
O episódio foi classificado pela mídia especializada ao redor do mundo como um dos maiores escândalos do MMA nos últimos anos.
A história é, de fato, bastante confusa, mas o UFC está isento de culpa. Prova disso é que o maior evento da modalidade MMA no mundo - muitas vezes até confundido com o esporte - deverá fazer o seu retorno ao país asiático.
Inclusive, o próprio Dana White ( presidente do UFC ), já declarou que um retorno da franquia à Coréia do Sul ainda está na ordem para a promoção em 2019.
Uma das maiores razões para o UFC ainda não ter voltado ao país é, em grande parte, a logística ( os locais disponíveis ). A Olympic Gymnastics Arena, onde o UFC FN 79 foi realizado, ainda está em reforma.
Quanto à data de um próximo evento do UFC na Coreia do Sul, tudo não passa de especulação, ao menos por enquanto.
É provável que Cingapura e Xangai sediem algumas edições antes.
Com a Ásia produzindo atualmente alguns dos maiores lutadores de classe mundial, parece que veremos mais edições do UFC em países do continente daqui para a frente.
Fique atentos para mais novidades, em breve.
*Texto do colaborador Oriosvaldo Costa. | Escrito em 18/04/2019
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Foto : Kang Ye-bin é a primeira ring girl coreana do UFC e fez a sua estreia em evento na China. ( Cortesia : Reprodução / The Chosun Ilbo).
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