Neste artigo irei tratar de política, assunto delicado para muitos no meio esportivo, uma vez que, os esportes em geral, tendem a unir pessoas de diferentes credos e ideologias enquanto que, a política, invariavelmente, as divide ao longo de qualquer número de linhas.
Durante as primárias republicanas deste ano, nos EUA, vi dois concorrentes com oportunidades reais de indicação para a vaga de seu partido com vistas à eleição presidencial. Um deles era Jeb Bush. O outro, Donald Trump. Não por acaso, Trump está sendo louvado por parte da comunidade do MMA.
Não era para menos. Trump sempre foi um aliado do MMA desde os primeiros dias da era Zuffa LLC (Companhia dos irmãos Frank e Lorenzo Fertitta), oferecendo suas propriedades em Atlantic City quando a promoção tinha dificuldades em encontrar um local remotamente desejável para realizar seus shows.
O longínquo UFC 28 (2001) foi realizado na Mark. G. Etess Arena (principal palco do boxe profissional fora do estado de Nevada), localizada no faraônico hotel Trump TAJ Mahal Cassino Resort, em Atlantic City, New Jersey, do irreverente multimilionário, e marcou o início de uma nova era de grande prosperidade para o esporte. As edições seguintes (ainda no Trump TAJ Mahal) foram um espelho para o UFC entrar em Las Vegas e ser legalizado pelas demais comissões atléticas estaduais.
A paixão do empresário de New York pelo esporte era tamanha que, posteriormente, ele fundou seu próprio show de MMA, o Affliction, em parceria com a lenda viva do Boxe, Oscar de La Hoya. O show chegou a concorrer com o UFC, mas Trump soube manter a política da boa vizinhança.
O ainda presidente do UFC, Dana White, também sempre agradeceu publicamente o apoio do multimilionário e sua presença nos shows da organização. A simpatia e admiração mútua culminaram com Dana fazendo um discurso de apoio à Trump na convenção republicana em Cleveland, no final do mês de Julho. Na ocasião, Trump foi nomeado como candidato do seu partido à casa branca.
Dana sempre foi conhecido por dizer o que pensa, e Trump, é outro valentão, cuja vaidade e pura sorte o empurraram para o lugar certo no momento certo. Ou seja, as circunstâncias lhe garantiram o direito de concorrer à sucessão presidencial americana embora sua campanha tenha sido marcada por polêmicas por conta da sua retórica contra muçulmanos, hispânicos, imigração ilegal e comércio, alarmando até mesmo alguns dentro do seu próprio partido.
No campo da política externa, Trump já afirmou várias vezes que quer viver em paz com a Rússia e a China, comentando até mesmo que “uma América forte e inteligente é uma América que tem a China como boa amiga”. Coincidentemente, o UFC foi recentemente vendido para a WME-IMG, um conglomerado composto por empreendedores americanos e empresários abonados da China – em sua grande maioria – então, a parceria White/Trump forjada em “lealdade e apoio” só vem somar nesse sentido.
Já celebridades e cada vez mais obcecados pelo sucesso, será fácil confundir a aliança White-Trump como uma oportunidade de marketing simbiótica para os dois agressivos e predadores homens de negócios.
Apesar de também dividir opiniões na comunidade das lutas, há os que festejam a candidatura deste que pode ser realmente um dos melhores negociadores de todos os tempos.
Não é nada, não é nada. Seria apenas um grande fã de MMA, Boxe, Pro Wrestling e lutas em geral no posto de dono do mundo.
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