Adiados em um ano por causa da pandemia do coronavírus, os Jogos Olímpicos de Tóquio vão ocorrer sem público na maior parte das competições por causa do contágio em alta no Japão - o que levou à pedidos de cancelamento por parte da opinião pública japonesa.
A ‘cerimônia de abertura’ está marcada para amanhã, sexta-feira ( 23 de julho de 2021 ), mas os primeiros eventos já começaram desde ontem, com a estreia do softbol em Fukushima. Cerca de 15 líderes mundiais e dignitários participarão da ‘cerimônia de abertura’ olímpica.
Ainda ontem, quarta-feira ( 21 de julho de 2021 ), o diretor da Organização Mundial da Saúde ( OMS ), Tedros Adhanom Ghebreyesus, manifestou o seu apoio às Olimpíadas discursando durante a 138ª sessão do Comitê Olímpico Internacional ( COI ).
Ele destacou “a natureza única” do evento e disse que esta é uma oportunidade para mostrar ao mundo a importância da adoção das medidas para prevenir a Covid-19, dissertando sobre os atletas que testarem positivo no Japão na próxima quinzena.
-“Espero que os jogos sejam bem sucedidos, como uma demonstração do que é possível quando se adotam os planos corretos e medidas corretas. A marca do sucesso será garantir que todos os casos sejam identificados, isolados, rastreados e tratados o mais rápido possível e a transmissão posterior seja interrompida”.- disse Tedros, acrescentando que as Olimpíadas de Tóquio não devem ser avaliadas pela contagem dos casos da Covid-19 que surgirem.
-“Na vida não há risco zero. Só existe risco maior ou risco menor. As escolhas que fazemos diminuem ou aumentam os riscos, mas não os eliminam”.-alertou aos veículos de comunicação da grande mídia ‘sensaciolista’.
Em seguida, Tedros acrescentou :
-“O Japão está dando coragem ao mundo inteiro”.-respaldando a realização do evento durante um estado de emergência local.
Mais cedo, Tedros havia divulgado uma mensagem nas redes sociais em tom otimista sobre as Olimpíadas mencionando a esperança de que o evento impulsione a vacinação. Estima-se que cerca de 80% dos participantes serão vacinados.
Ainda sobre a vacinação, o líder da OMS criticou os líderes dos países ricos e lançou um desafio sobre o compartilhamento mais justo de vacinas no mundo.
-“A pandemia é um teste e o mundo está falhando. Acredito que haja ‘uma terrível injustiça’, já que apenas 10 países administraram 75% das vacinas do mundo”.-desabafou Tedros, pedindo distribuição e esforços igualitários na distribuição dos imunizantes.
A OMS quer a ajuda dos governos de todos os países para atingir a meta de vacinar 70% da população mundial até meados de 2022. Para tanto, a agência da ONU estima que seja necessário produzir 11 bilhões de doses no próximo ano para pessoas de todo o planeta.
-“Desejo que os ‘raios de esperança’ da ‘terra do sol nascente’ atravessem o planeta e ‘iluminem um novo amanhecer mais saudável, mais seguro e mais justo’. Que [ os Jogos Olímpicos ] sejam a celebração de algo muito maior, daquilo que o mundo precisa muito agora: da esperança. Repito: o mundo precisa mais do que nunca da celebração da esperança. Torço para que esses Jogos sejam o momento que une o mundo e que impulsione a solidariedade e a determinação necessárias para encerrar a pandemia juntos”.-disse, em tom ‘esperançoso’.
-“A pandemia terminará quando o mundo decidir acabar com ela. Está em nossas mãos”.-finalizou Tedros, segurando a tocha olímpica.
*Texto do colaborador Oriosvaldo Costa. | Escrito em 22/07/2021
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Legenda : A OMS ressalta que a pandemia terminará quando o mundo decidir acabar com ela.
Foto acima : ( Cortesia | Créditos : ( C ) Jazael Melgoza | ( C ) Unsplash | ( C ) COI | ( C ) OMS | ONU | Divulgação ).
Legenda : As Olimpíadas de Tóquio começam no dia 23 de julho de 2021, após um ano de atraso devido à pandemia Covid-19.
Foto abaixo : ( Cortesia | Créditos : ( C ) Erik Zünder | ( C ) Unsplash | ( C ) COI | ( C ) OMS | ONU | Divulgação ).
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